Confesso que a primeira vez que vi o Teatro alla Scala me decepcionei um pouco. Ele, considerado um dos mais importantes teatros de ópera do mundo parecia ser mais bonito na minha imaginação. Já que depois de ver o Duomo e a Galleria Vittorio Emanuele, o Scala fica mais feinho. Mas essa idéia mudou completamente quando entrei no teatro, mamma mia! Que espetáculo! 

Deslumbrante com seu lendário lampadário de 400 lâmpadas, que na verdade não é totalmente de cristal, algumas lâmpadas são de plástico. Não pelo fator econômico, mas sim pelo peso. Ele seria extremamente pesado e perigoso. Esse lampadário também não é original, foi trocado depois do primeiro ser destruído na II Guerra Mundial.

O Teatro alla Scala é bem antigo. Foi inaugurado em 1778, realizado a partir de um decreto da Imperatriz Maria Teresa d’Austria (na época duquesa reinante de Milão), nascendo das cinzas do Teatro da corte milanesa, destruído por um incêndio em 26 de fevereiro de 1776 e dos escombros da igreja de Santa Maria della Scala, demolida para dar lugar a ele, o qual toma seu nome. Antonio Salieri, famoso pela lenda de sua rivalidade com Mozart, se apresenta na inauguração com a ópera“L’Europa riconosciuta”

Cada palchetto do teatro era de propriedade de uma família, isso era uma forma de subsídio para o teatro e cada família assim podia decorá-lo como quisesse. Isso se transformou em uma verdadeira competição, revelando o status social e econômico dessas famílias. Somente a cortina que dá para as baias tinha que ser estritamente uniforme. E nem sempre foi vermelho! Por exemplo, em meados do século XIX, eram azuis.

Naquele período não faltavam pessoas escondidas atrás das cortinas, bebendo um café ou até “se conhecendo melhor”.

O Palchetto de número 13, que não se sabe a qual família pertencia (já que eles podiam ser vendidos), é coberto de espelhos de modo que seja possível ver cada parte do teatro. Certamente pertencia a uma família bem xereta.

Algumas pessoas afirmam terem visto o fantasma de Maria Malibran, soprano do século XIX, morta ainda jovem. Outros afirmam que o fantasma de Maria Callas às vezes também aparece no Teatro Scala.

No segundo andar, existia uma cozinha, onde os senhores pediam refeições. Algumas pessoas da platéia reclamavam da comida que caia muitas vezes do andar de cima.

E no intervalo das óperas, a platéia facilmente saia para uma “área livre”, onde podiam dançar, apostar em corridas de cavalos e jogos de azar. 

Os espetáculos do Teatro alla Scala são super concorridos, mas caso não consiga um bilhete, ainda é possível conhecer o Museu, que é super interessante.

Descubra o Teatro alla Scala. Descubra Milão! Bacione.

Teatro alla Scala
Via Filodrammatici, 2 Milão


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