Duas esculturas não muito convencionais estão na praça Cadorna em Milão. Uma agulha com o fio e um nó. Escolhida para reorganizar a praça no final dos anos 90 (e tem cara de anos 90), a arquiteta Gae Aulenti além de modificar a fachada da estação Cadorna, o tráfego rodoviário e pedestre, pensou em algo especial.
Ago, filo e nodo (agulha, fio e nó) é o nome óbvio da obra criada por Claes Oldenburg, artista sueco e sua esposa holandesa Cossje van Bruggen.
As duas obras se conectam, e de forma imaginária passam por baixo da rua, lembrando o metrô de Milão, por isso as cores vermelho, verde e amarelo, cores das linhas de metrô existentes até então quando a obra foi realizada. Uma homenagem também a indústria da moda que faz Milão ser conhecido no mundo todo.
Vindo a Milão não deixe de conhecer essa praça e suas esculturas agora que sabe sua história.
Gigante, lindo e imponente, indo ao Hipódromo de San Siro encontramos o Cavalo de Leonardo da Vinci. O primeiro projeto é de 1482, quando Ludovico Sforza, duque de Milão propõe a Leonardo a construção da maior estátua equestre do mundo em memória a seu pai Francesco, fundador da casa Sforza.
Esse projeto seria uma obra colossal para a época, com a idéia de um cavalo em posição desenfreada, atacando o inimigo.
Esse projeto inicial era muito dificil de ser realizado, Leonardo assim apresenta um outro projeto com o cavalo agora descansando em três patas. Mesmo assim o projeto era gigante.
Leonardo estudou muito a anatomia dos cavalos a fim de realizar uma obra perfeita.
Infelizmente com um ataque da França o bronze destinado ao cavalo foi usado para a defesa da cidade. Em 1499 os franceses invadem a cidade e Leonardo é obrigado a fugir e abandona um modelo do cavalo feito em argila, que foi destruído.
Cinco séculos se passaram até que Charles Dent, piloto americano colecionador de arte soubesse do projeto do cavalo inacabado. O piloto criou a Fundação Cavalo de Leonardo da Vinci (Ldvhf) e numa campanha de quase 15 anos, arrecadou o valor necessário, cerca de 2,5 milhões de dólares, para a realização da estátua. E por mais uma vez o projeto teve um contratempo. Charles Dent morre em 1994, parando novamente o projeto.
Por sorte, Frederik Meijer, dono de uma rede americana de supermercados, toma a frente do projeto da Ldvhf solicitando a escultora também americana Nina Akamu a realização do cavalo.
A Fundação doa o cavalo a cidade de Milão, com a condição que eles escolhessem a localização, ficando em um lugar seguro para a escultura. O lugar escolhido foi o Hipódromo de San Siro em Milão.
O Cavalo de Leonardo da Vinci é um espetáculo. É o reflexo de todo seu estudo anatômico e sua genialidade.