Tag

Dicas

Browsing

A famosa rede de cafeterias americana Starbucks abriu em setembro sua primeira loja em Milão. Diferente das outras e com um design incrível, essa se torna uma loja conceito na rede. Apesar de várias lojas pelo mundo, aqui na Itália demorou um pouco, os italianos tem uma cultura bem particular ao café: o expresso e o cappuccino são feitos e consumidos como um “ritual” e eles muitas vezes se tornam resistentes ao café americano. Eu não reclamo, o café aqui é maravilhoso.

Oferecendo um panorama único mundial gastronômico, essa loja, inspirada pela arquitetura italiana (ela fica no antigo prédio do Correio) serve não apenas os clássicos italianos da cafeteria, mas também o gelato, doces e salgados italianos a fim de agradar não só os turistas.

A Starbucks tem uma história particular em Milão: Howard Schultz, fundador da marca, conta que sua inspiração ao criar a cafeteria veio de uma viagem a cidade da moda em 1983. “Minha imaginação foi capturada pelo café italiano, pelo romantismo, pela teatralidade do gesto na preparação em bares, para mim o café no bar é o terceiro lugar fundamental no cotidiano dos italianos. Este lugar entre casa e trabalho foi a inspiração do que mais tarde se tornaria a Starbucks”. E sendo o lugar de inspiração, nada mais justo que Milão ser a sede da maior e mais bela loja.

Fica na Via Cordusio 3, entre o Duomo e o Castello Sforzesco. Tem vários lugares para sentar dentro e fora, um moedor de cobre lindíssimo e um ambiente moderno e elegante.

E não pára por ai! Já abriu uma segunda loja, não uma loja conceito mas a clássica Starbucks na Corso Garibaldi também em Milão, no mês de novembro. E já anunciou que abrirá uma terceira na San Babila. E ainda uma quarta no Aeroporto de Malpensa. A Starbucks está invadindo Milão!

Fomos para Viena partindo de Milão pelo Aeroporto de Bérgamo (já falei antes desde Aeroporto, ele é uma ótima opção para viagens dentro da Itália e países perto). O vôo ao Aeroporto Internacional de Viena foi de 1h20, super rápido. De lá pegamos um trem que fica junto ao aeroporto e nos deixou na Estação Central de Viena. Custou €4,20 para cada e demorou cerca de meia hora.

Da Estação Central até nosso hotel fomos a pé, era uns 15 minutos de distância e já aproveitamos para ir conhecendo a cidade. Em Viena é possível fazer tudo a pé, o centro da cidade é bem compacto.

Tem um mercado na Estação Central de Viena, se chama Spar. Guarde essa informação porque ele abre de domingo. Praticamente nenhum mercado abre de domingo em Viena.

Viena é uma cidade linda, elegantíssima e cara! Sim, tudo é caro em Viena. Mesmo assim vale a pena, todas as comidas, doces, bebidas eram muito gostosos, e é um lugar muito bacana de conhecer.

Começamos a visita pela Catedral de Santo Estêvão (St. Stephen’s Cathedral ou Domkirche St. Stephan) que fica no coração da cidade e foi construída por cima das ruínas de uma igreja romana em 1147. Esse projeto atual é dos séculos XIV a XVI e é de estilo gótico.

Catedral de Santo Estêvão Catedral de Santo EstêvãoCatedral de Santo EstêvãoCatedral de Santo EstêvãoCatedral de Santo EstêvãoCatedral de Santo EstêvãoDetalhe de uma parede da Catedral de Santo EstêvãoVelas na Catedral de Santo Estêvão

A Catedral tem uma torre de 137 metros, e vimos essa torre de vários pontos na cidade. Subindo nessa torre se tem uma vista maravilhosa! O sino que fica pendurado nela foi fundido com os canhões que as tropas turcas deixaram ao se retirar de Viena em 1683. Esse sino caiu e foi destruído no grande incêndio que aconteceu em 1945, e os vienenses voltaram a fundir seus restos para fazer o atual sino. Existe um acesso a essa torre norte de elevador, torre que está ainda inacabada.

O telhado da Catedral é um espetáculo com mais de 250.000 azulejos e dá um ar moderno. Ele foi bem castigado durante a II Guerra, onde foi danificado e restaurado, ficando lindo como está agora.

Estavam limpando as paredes da Catedral que estavam pretas de sujeira. Achamos que elas ficavam lindas sujas e pretas, davam um tom mais dramático.

Um dos motivos que me fez querer ir muito nessa Catedral, além do Mozart ter se casado nela e depois ter acontecido seu funeral, são as Catacumbas.

A Catedral inicialmente era rodeada de cemitérios dos antigos romanos, isso era comum na época. Com a peste bubônica, em 1735 e o fechamento dos cemitérios, houve um grande problema de onde colocar os montes de corpos que chegavam.

A solução que acharam foi transferir os ossos para a parte de baixo da Catedral. Com o acúmulo de corpos a igreja chegou a ser fechada por causa do cheiro que vinha lá de baixo e chegaram a obrigar os prisioneiros a entrar e arrumar os corpos para abrir mais espaço. Entrando nas catacumbas ainda tem um cheiro meio forte, de ar parado. Ficamos imaginando o cheiro daquilo quando os mais de onze mil corpos em decomposição que ainda estão ali, estavam “frescos”.

Eu adoro catacumbas, já visitei a Igreja dos Capuchinhos em Roma e a Igreja de San Bernardino em Milão, nenhuma delas tem esse “ar parado” e as duas usam os ossos como decoração, a de Roma por exemplo faz lustres com os ossos. Já a catacumba de Viena os ossos estão literalmente jogados, se percebe que foram colocados ali as pressas.

As visitas só podem ser guiadas (o guia fala inglês e alemão no tour) e começa com as tumbas de membros da nobreza e clero. Essa parte é bem tranquila.

Depois vem uma sala cheia de caixões e caixas que contém os orgãos internos da família real Habsburgo (era considerado um privilégio desmembrar e “espalhar” sua família).

Passamos também por umas esculturas bizarras que decoravam o externo da Catedral, mas por serem de materiais mais delicados, retiraram e colocaram ali para preservar. E é aí que começa a parte macabra: salas com pilhas e pilhas de ossos humanos, paredes forradas, um buraco cheio deles, ossos quebrados, misturados, sujos. Tudo muito silencioso, úmido e escuro. Cada osso naquele lugar conta uma história e um sofrimento, a ponto de ter sido colocado ali em meio a tantos outros sem nenhuma identificação. É uma grande parte da história da cidade e da grande peste.

A visita é rápida, cerca de meia hora e não tem perigo algum visitar as catacumbas. Eles desinfetam o lugar, tem até entrada para crianças. Lógico que se você estiver com algum problema imunitário, evite por garantia. Infelizmente não tem acesso especial nas catacumbas para deficientes.

A entrada para as catacumbas fica do lado esquerdo dentro da igreja, procure a placa da imagem, que fica numa escada. Nessa placa indica o horário da próxima visita, só ficar por ali na hora, que o guia aparece e todo mundo entra para o tour. O pagamento: €6 adulto e €2,5 criança, apenas em dinheiro no final do tour.

Antes de nos mudarmos para Milão, uma das coisas que mais pesquisamos foram os supermercados. Para comprar uma água e um salgadinho entre um passeio e outro ou fazer a compra do mês, supermercados são sempre de grande importância.

Na Itália existe o “volantino“, que nada mais é que o folheto com as ofertas de cada supermercado, ele muda umas 2 vezes por mês e é possível economizar bastante pesquisando por ele. Somos viciados pelo volantino, e tem até um aplicativo, o PromoQui que ajuda a consultar facilmente todos os supermercados próximos pelo celular. O volantino é distribuído impresso também nos prédios e na entrada de cada supermercado.

Mas vamos aos supermercados e nossa opinião sobre alguns deles:

Esselunga – é o nosso supermercado preferido no quesito geral de qualidade-preço. Ele consegue alguns acordos com fornecedores e muitas vezes os descontos dele são imbatíveis. Com marcas mais famosas e produtos de ótima qualidade, a maioria das compras em nossa casa são feitas no Esselunga. Só não gostamos muito de comprar frutas e verduras nele, preferimos outros supermercados ou as feiras (sempre a melhor opção pra isso). Infelizmente não tem nenhum Esselunga no centro turístico de Milão.

Coop e Conad – são supermercados parecidos com o Esselunga mas com preços mais elevados. Compramos apenas quando tem uma promoção muito boa (e tem!). O Coop por exemplo, tem alguns produtos de outras regiões da Itália e produtos mais “gourmets”. Também não tem no centro turístico.

Pam e Simply (ou Auchan da mesma rede que o Simply) – costumam ser supermercados menores e com um preço maior que o Esselunga no geral. Valem muito para aquelas comprinhas de última hora e no caso do Pam tem carnes e vinhos de excelente qualidade com preços inacreditáveis, com promoções muito boas. Costumam ter um atendimento bem pessoal e sempre nos pegamos batendo papo com o caixa sobre os produtos e os preços. Tem um Auchan perto da Chiesa San Bernardino alle Ossa, atrás do Duomo (Via Carlo Giuseppe Merlo, 1), um Pam numa travessa da Via Torino, perto do Duomo também (Via delle Asole, 1) e ainda um outro Auchan numa travessa do Navigli (Via Angelo Fumagalli, 1).

Lidl, PennyMarket, EuroSpin – são supermercados mais “populares” com marcas não tão famosas e o preço costuma ser mais baixo também, o que muitas vezes acaba valendo a pena. Porém como viciados em volantino, sempre achamos os produtos das primeiras marcas bem mais baratos que nesses supermercados. Não tem nenhum no centro turístico também.

Carrefour – conhecido por todos nós, você pode encontrar alguns produtos brasileiros na sessão “importados”, já achamos arroz Tio João, paçoquinha, guaraná Antártica. Algumas unidades (poucas) são 24 horas, e acredite, achar um supermercado aberto na Itália a noite é um milagre, então essas unidades são um salva-vidas. Tem um Carrefour umas duas ruas atrás do Duomo (Piazza Santo Stefano, 6), bem perto da Chiesa San Bernardino alle Ossa e um outro bem do lado da Estação Cadorna.

ODStore – não é um supermercado, é uma super loja de doces. Tem uma unidade literalmente atrás do Duomo e uma na esquina da Via Torino (é um outlet da marca), perto do Duomo também. É uma excelente opção para comprar uma água, além dos milhões de tipos de doces que vendem ali. Uma perdição!

Onde posso encontrar produtos brasileiros em Milão? 

Tutto Brasileiro – É um ótimo mini-mercado localizado perto da Estação MM2 Garibaldi e tem muitos produtos brasileiros que não encontrarmos nos outros mercados. Os preços não são os mais baratos, óbvio, aqui produtos brasileiros são importados, mas vale muito a pena quando bate aquela saudade do Brasil.

Veja também 10 produtos deliciosos da Itália para levar na mala!

Ciao! Na Itália temos a água-dura, que é chamada assim por ser rica em calcário. É potável, mas gera alguns probleminhas, além de ter um gosto um pouco diferente da que nós brasileiros estamos acostumados.

A Itália é um dos maiores consumidores de água no mundo, então tem vários tipos dela à disposição no mercado. Atendendo a todos os gostos possíveis, tem água com potássio, água com magnésio, água que ajuda eliminar líquido, que ajuda no bom funcionamento do intestino, tem pra tudo! E não pense que a água é cara por aqui, é possível achar garrafas de água de 2 litros por apenas 17 centavos.

Você é daqueles que evita comprar muitas garrafas de plástico? Existe a versão econômica disso que são as jarrinhas que você troca o filtro e vai usando a água da torneira mesmo. Nós usamos tanto essa jarrinha, quanto água mineral de supermercado, não sentimos muita diferença no sabor e o meio ambiente agradece. Usamos a jarrinha da marca BRITA, fácil de achar em supermercados, Amazon, Media World e Leroy Merlin. 


Esse calcário da água gera alguns problemas, como manchas no fundo das panelas, cafeteiras, nos copos, talheres, manchas na máquina de lavar, na pia, no box e em todos os lugares que a água passa. O ideal é usar um filtro em todas as saídas de água, evitando esse acúmulo de calcário (nós compramos esse filtro na Leroy Merlin). E se juntar alguma mancha mesmo assim, usamos um limpador anti-calcário, que encontramos nos supermercados (tem para cada tipo de material) e é uma espécie de Veja, que limpa tudo. Ah, e esse calcário é só chato, não é tóxico nem nada, fique tranquilo.

Quando chegamos na Itália não sabíamos direito desse calcário (no Brasil não tem nada disso), você simplesmente liga a torneira e usa a água sem preocupação. Porém um certo dia estávamos em Bassano del Grappa, cidadezinha linda do Vêneto, lavando o cabelo, quando um olhou pro ralinho e estava entupido de cabelos. Socorro, vou ficar careca! Nem sabíamos que o efeito desse calcário era real e tão forte.

Foi aí que pesquisando descobrimos que isso é normal aqui e totalmente remediável. A primeira coisa foi comprar um filtro para o chuveiro. Sim, todas as saídas de água devem ter um filtro quando o que sai da torneira é a água-dura, principalmente o chuveiro. Você encontra esse filtro em qualquer Leroy Merlin (como já dissemos) ou loja de materiais de construção, trocamos a cada 3 meses e custa perto de 10 euros.

A segunda coisa foi comprar um shampoo anti-calcário que usamos a cada 15 dias, ele tira qualquer resíduo que ficar no couro cabeludo. Usamos o L’oreal Pure Resourse de 500 ml (não vivemos sem!), que dura 1 ano, e olha que usamos em duas pessoas. Homens usem também esse shampoo.

E para garantir, tomamos uma cápsula de integrador alimentar 2 vezes por semana, que ajuda no fortalecimento do cabelo e unhas. Usamos o Swisse Capelli Pelle Unghie (nosso preferido, encontrado em farmácias ou na Amazon) ou o Optima (encontrado em supermercados e Amazon). Com isso não ficamos carecas, os cabelos não caem mais e ficaram muito mais bonitos que no Brasil. Ufa! 


OUTRA SUPER DICA! Faça nossa sessão fotográfica em Milão ou arredores! Todos nós amamos ver fotos de uma boa viagem e lembrar dos bons momentos como casamento, noivado, aniversário, não é mesmo? Fale conosco e agende já sua data.

Duas esculturas não muito convencionais estão na praça Cadorna em Milão. Uma agulha com o fio e um nó. Escolhida para reorganizar a praça no final dos anos 90 (e tem cara de anos 90), a arquiteta Gae Aulenti além de modificar a fachada da estação Cadorna, o tráfego rodoviário e pedestre, pensou em algo especial.

Ago, filo e nodo (agulha, fio e nó) é o nome óbvio da obra criada por Claes Oldenburg, artista sueco e sua esposa holandesa Cossje van Bruggen.

As duas obras se conectam, e de forma imaginária passam por baixo da rua, lembrando o metrô de Milão, por isso as cores vermelho, verde e amarelo, cores das linhas de metrô existentes até então quando a obra foi realizada. Uma homenagem também a indústria da moda que faz Milão ser conhecido no mundo todo.

Vindo a Milão não deixe de conhecer essa praça e suas esculturas agora que sabe sua história.

Estudo para o primeiro projeto

Gigante, lindo e imponente, indo ao Hipódromo de San Siro encontramos o Cavalo de Leonardo da Vinci. O primeiro projeto é de 1482, quando Ludovico Sforza, duque de Milão propõe a Leonardo a construção da maior estátua equestre do mundo em memória a seu pai Francesco, fundador da casa Sforza.

Esse projeto seria uma obra colossal para a época, com a idéia de um cavalo em posição desenfreada, atacando o inimigo.

Esse projeto inicial era muito dificil de ser realizado, Leonardo assim apresenta um outro projeto com o cavalo agora descansando em três patas. Mesmo assim o projeto era gigante.

Leonardo estudou muito a anatomia dos cavalos a fim de realizar uma obra perfeita.

Infelizmente com um ataque da França o bronze destinado ao cavalo foi usado para a defesa da cidade. Em 1499 os franceses invadem a cidade e Leonardo é obrigado a fugir e abandona um modelo do cavalo feito em argila, que foi destruído.

Estudo para o segundo projeto

Cinco séculos se passaram até que Charles Dent, piloto americano colecionador de arte soubesse do projeto do cavalo inacabado. O piloto criou a Fundação Cavalo de Leonardo da Vinci (Ldvhf) e numa campanha de quase 15 anos, arrecadou o valor necessário, cerca de 2,5 milhões de dólares, para a realização da estátua. E por mais uma vez o projeto teve um contratempo. Charles Dent morre em 1994, parando novamente o projeto.

Por sorte, Frederik Meijer, dono de uma rede americana de supermercados, toma a frente do projeto da Ldvhf solicitando a escultora também americana Nina Akamu a realização do cavalo.

A Fundação doa o cavalo a cidade de Milão, com a condição que eles escolhessem a localização, ficando em um lugar seguro para a escultura. O lugar escolhido foi o Hipódromo de San Siro em Milão.

Estudo para a criação do elenco da cabeça do cavalo, Biblioteca Nacional, Madrid

O Cavalo de Leonardo da Vinci é um espetáculo. É o reflexo de todo seu estudo anatômico e sua genialidade.


Leia também: O Currículo de Leonardo da Vinci!