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Ciao a tutti! A Pinacoteca di Brera absolutamente está entre os museus mais importantes da Itália, com obras de arte de artistas italianos da Lombardia, Vêneto e outras regiões. Na Pinacoteca temos tantas obras importantes e interessantes que chega a ser um pouco difícil estabelecer o que seria prioridade, mas nós tentaremos sugerir 9 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera para quem a visita pela primeira vez. Vamos lá! 

Napoleão como Marte Pacificador (Antonio Canova)

A primeira obra de arte que você verá, querendo ou não, na Pinacoteca é a de Napoleão em vestes de Marte Pacificador. Isso porque ela já fica na entrada, ainda no pátio, grande, imponente e quase completamente nu! Ela é a uma segunda versão da escultura realizada em mármore de Carrara pelo grande artista italiano Antonio Canova (um dos maiores escultores e arquitetos de sua época) para o então Imperador francês Napoleão Bonaparte (essa estátua hoje é visível em Londres). 

Essa estátua acabou fazendo muito sucesso, tanto que em 1807 Eugene of Beauhrnais (vice-rei do Reino Itálico) encomendou a Canova uma réplica, mas agora em bronze. O artista assim prepara 5 estátuas de gesso (uma cópia iria para a fundidora do cobre, uma para Nápoles, uma para Lucca, uma para a França e por último, uma para biblioteca da Universidade de Pádua que após uma série de reviravoltas, chega a Milão, onde está ainda hoje dentro da Pinacoteca e seria a 10 obra de arte imperdível da Pinacoteca di Brera. 

O bronze necessário para a construção da estátua foi obtido a partir dos canhões do Castel Sant’Angelo de Roma. Quando a nova estátua de bronze de Napoleão ficou pronta e chegou a Milão, os problemas começaram: onde colocá-la? Várias foram as propostas, incluindo a Piazza del Duomo, porém em 1857, um pedestal foi feito a fim de manter a estátua nos jardins públicos. Só em 1859, finalmente ela foi posicionada onde a vemos hoje: no pátio da Pinacoteca di Brera. 

Curiosidade: em 1978 a vitória alada que fica na mão de Napoleão foi roubada e o que vemos hoje é uma cópia moderna.

Cristo Morto (Andrea Mantegna)

O Cristo Morto de Andrea Mantegna, provavelmente do ano de 1483, é com certeza uma das obras imperdíveis da Pinacoteca di Brera. A pintura é famosíssima pela figura do corpo de Cristo deitado, uma das primeiras obras a instituir este tipo de representação de Jesus. É reconhecida como uma das obras mais importante da Renascença italiana e devido ao virtuosismo de perspectiva apresentado no quadro, considera-se o seu enquadramento algo inovador para a época.

O corpo de Cristo na obra está indefeso sobre uma laje de pedra fria coberta com um lençol. Somente um tecido leve protege seu corpo e seus pés permanecem expostos mostrando suas feridas. A cabeça de Jesus repousa sobre uma almofada retangular enquanto os braços estão abandonados nas laterais. À direita, na lateral do travesseiro, um recipiente é visível com o que será usado para preparar o corpo para o enterro. À esquerda, no topo da pintura, estão aqueles enlutados que choram e vigiam o corpo. Provavelmente são Maria, São João e Madalena. A Virgem enxuga as lágrimas com um lenço. O jovem apóstolo cruza as mãos e Madalena está nas sombras. Absolutamente uma das 10 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera.

O Casamento da Virgem (Raffaello Sanzio)

O casamento da Virgem é uma obra prima do mestre Rafael que remonta a 1504 e retrata o momento em que Maria recebe a aliança de São José. As figuras por trás são todos os pretendentes da Virgem Maria e cada um deles tinha um graveto na mão, esperando por uma espécie de sinal divino, mas apenas o graveto de São José floresceu e o resto da história todos já sabemos. 

Perceba porém que a virgem parece muito jovem. O cabelo é recolhido em um penteado muito modesto. Além disso, uma fita transparente é enrolada na nuca. Maria usa um vestido vermelho e uma capa azul escura que envolve quase toda sua figura. O padre, no entanto, veste um grande vestido cerimonial com decorações douradas. Seu rosto antigo é emoldurado por uma longa barba dividida em duas partes. Lindo, impactante como toda obra de Rafael e uma das 10 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera.

O Beijo (Francesco Hayez) 

Essa obra tornou-se um dos ícones mais representativos dos amantes, bem como um manifesto real do movimento artístico do romantismo italiano. Hayez, graças ao sucesso de sua obra, propôs alguns anos depois três versões diferentes, cada uma com algumas pequenas alterações.

A pintura foi encomendada a Francesco Hayez por um nobre, o conde Alfonso Maria Visconti de Saliceto, que o contratou para representar através da pintura as esperanças associadas à aliança entre a França e o reino da Sardenha (daí a coloração vermelha e azul das roupas) e serviria para adornar sua residência, até que em 1886, um ano antes de sua morte, decidiu doar a tela para a Pinacoteca di Brera em Milão, onde ainda é exibida na sala XXXVII. 

O trabalho representa uma situação íntima entre dois filhos apaixonados, apanhados quando trocam um beijo muito íntimo, delicado e intenso. Observando melhor as roupas dos dois sujeitos retratados, percebemos que o vestido de seda azul da mulher é do estilo do século XIX, enquanto a do homem parece ser de estilo mais antigo, talvez até medieval. Até o cenário ao fundo nos ajuda a perceber o período histórico, um passado medieval e cavalheiresco. 

Esta cena que está ocorrendo entre os dois dentro das paredes parece estar suspensa no tempo, bloqueada em uma atmosfera romântica, sensual e apaixonada. Aparentemente, a cena parece ser pacífica e serena, mas, pelo contrário, você sente uma tensão e instabilidade física já que ele, descansando a perna esquerda no primeiro degrau da escada de pedra, deixa descoberto o punho de uma adaga, visível de baixo da capa. Isso revela o verdadeiro significado da cena e da pintura; não é um momento sentimental simples, mas uma partida. 

Existem muitos significados ocultos em O Beijo como por exemplo, a sua mensagem política. O homem que cumprimenta a mulher com um beijo rápido e apaixonado parece retratar um jovem patriota voluntário antes de lutar por sua terra. Não é por acaso que a pintura foi produzida em 1859, o segundo ano da Guerra da Independência. Até a figura perturbadora na penumbra despertou múltiplas interpretações, há quem acredite que a presença desconhecida possa representar um homem com a intenção de espionar furtivamente a cena, um conspirador que está esperando o parceiro iniciar a ação ou simplesmente que é uma empregada. 

A Ceia em Emaús (Caravaggio)

Nossa obra preferida da Pinacoteca. Representa o momento exato em que Cristo, depois de ressuscitado, aparece em visão para alguns apóstolos. Há outra versão da pintura, feita em 1601, preservada na Galeria Nacional de Londres.

A obra coincide com um momento muito delicado para o pintor: estamos no verão de 1606. Aos 35 anos, Caravaggio está em Roma, onde finalmente está alcançando fama e sucesso: mas de repente tudo muda. O pintor se envolve em uma luta durante a qual ele atinge seu rival até a morte e teve que fugir. Além disso, ele ficou gravemente ferido durante esse confronto. A partir de então, ele será procurado como assassino e terá que levar uma vida fugitiva. A pintura provavelmente foi feita enquanto Caravaggio estava escondido nos feudos campestres, esperando para curar e se mudar para Nápoles. 

A pintura conta um episódio do Evangelho que ocorre logo após a ressurreição de Jesus, em uma estalagem em Emaús, um local não muito longe de Jerusalém. Depois de partir o pão, ele o abençoa com o mesmo gesto feito durante a Última Ceia, e assim é reconhecido pelos dois discípulos reunidos. O rosto de Cristo está meio deixado na sombra e expressa um sentimento de melancolia muito forte. A emoção é inteiramente confiada aos rostos e atitudes dos personagens. 

Curiosidade: há quem diga que, na figura de Cristo, Caravaggio se retratou.

A Flagelação de Cristo (Luca Signorelli)

A Flagelação de Cristo é uma linda obra de Luca Signorelli, que fez parte do seleto grupo de artistas chamados a Roma pelo Papa Sisto IV para decorar com afrescos a Capela Sistina no Vaticano. Nessa obra, Cristo é retratado no centro, amarrado a uma coluna encimada por uma estatueta de bronze junto a outras figuras, caracterizadas por um grande dinamismo.

Repare que Cristo está sempre imóvel na coluna, mas ao seu redor uma série de caracteres são organizados de maneira desordenada e, além disso, os dois flagelantes, com as costas arqueadas (do qual podemos ver um ótimo estudo de anatomia, uma das principais características do estilo de Luca Signorelli), quase parecem dois atores de teatro a contribuir para tornar a cena de Luca mais impactante. Este é um sinal de que, a partir dos anos oitenta do século XV, há uma impaciência em relação às regras e esquemas harmoniosos e compostos do início da Renascença. Extremamente inovador para sua época. 

Cristo na Coluna (Bramante)

O trabalho do grande mestre Bramante apresenta uma grande tensão emocional e apresenta Cristo à coluna diretamente em primeiro plano, em contato direto com o visitante. Seu corpo é perfeito, musculoso, esculpido, poderoso, clássico, que amarrado à coluna parece vir em nossa direção. A coluna é decorada com os clássicos motivos florais renascentistas que também encontraremos na sacristia de Santa Maria preso San Satiro, ainda em Milão, e em muitas outras obras.

É um trabalho que mexe com você, impossível ser indiferente a ele, são olhos e lágrimas que não são facilmente esquecidos quando você sai da sala. A corda é apertada ao redor do pescoço (observe o realismo) a tal ponto que o rosto é cinza, contrastando fortemente com a pele rosácea do resto do corpo. A mesma corda apertada no braço, entre a clavícula e o pescoço, um sinal evidente de fricção. A coroa de espinhos afunda na cabeça e uma corrente de sangue cai da linha do cabelo. A testa enrugada e o rosto semi-iluminado revelam uma lágrima quase invisível que cai e se aproxima daquele rosto esculpido pela paixão. Lindo.

Pietà (Giovanni Bellini)

Bellini é um pintor extraordinário. Impossível tirar os olhos do rosto de uma mãe que toca seu filho, tornando-se uma representação universal do tormento de uma mãe que chora por ele. É como se a Virgem estivesse procurando uma última olhada nos olhos fechados de Cristo. Como se tentasse perceber seu último suspiro com os lábios semicerrados. Todo o resto é perfeição. As mãos, muito brancas de Cristo, rosadas, as de Maria. Barbas e cabelos. A fina tira de sangue na mortalha de Jesus. O desenho, como não cansamos de dizer, é do mestre Bellini. A escolha de ter como pano de fundo, dos ombros para cima, e apenas um céu cinzento tira qualquer distração do espectador e te leva ainda mais para as figuras dos personagens.

Reencontro do corpo de São Marcos (Tintoretto)

Esta tela de Tintoretto é muito particular devido à sua forma quadrada, geometricamente perfeita. Como se isso não bastasse, essa perfeição se deve ao fato de que, provavelmente, o artista criou um modelo de madeira para estudar luzes e sombras. A cena representa a aparição de São Marcos aos dois comerciantes, que procuram o cadáver do santo nas catacumbas de Alexandria, no Egito. Mas qual é o túmulo certo? Aqui, então, é que São Marcos indica o sarcófago que contém os restos de sua existência terrena. E seu corpo está deitado no chão, em primeiro plano, à esquerda em um vislumbre ousado. Em primeiro plano, à direita, uma pessoa (o personagem vestido de preto) se contorce e o fio de fumaça que sai de sua boca representa o diabo expulso. 

No centro está um dos comerciantes que olha implorando para a figura do santo a iluminar a cena com uma luz ofuscante. No fundo, uma luz sulfurosa raspa os arcos da catacumba e ilumina os fios prateados das teias de aranha fantasmagóricas. A perspectiva com um ponto de fuga fora da pintura aumenta o drama e a teatralidade, e os ladrilhos quadriculados podem ser vistos sob a cortina dos personagens. Aqui está o método Tintoretto: primeiro construa a arquitetura e depois coloque os caracteres. Precisamente isso. 

Anote então quais as 9 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera para sua próxima visita!

Pinacoteca di Brera 

Via Brera, 28

Atenção: devido a emergência do Covid-19, durante todo verão 2020 as visitas devem ser agendadas com antecedência aqui e são gratuitas também por todo o verão 2020

A Pinacoteca abre todos os dias das 9h30 às 18h30 (exceto segunda-feira), com última entrada as 17h

Ciao a tutti! Nas proximidades do Duomo e do lado da Galleria Vittorio Emanuele em Milão, fica o Museu do Teatro Scala. Ele é fruto da renomada coleção de objetos teatrais do antiquário Jules Sambon que, ao longo dos anos, preservou as pegadas deixadas pelos inesquecíveis artistas, compositores e grandes maestros. 

Para todos os grandes compositores e artistas do passado, o Teatro alla Scala era uma espécie de lar, e é em casa que ele te faz sentir. O Museu do Teatro Scala possui uma rica coleção composta por pinturas relacionadas ao mundo da ópera e do teatro em geral, mas também esboços cenográficos, cartas, retratos, autógrafos e instrumentos musicais muito antigos e importantes.

Já na primeira sala do museu, podemos admirar pinturas e instrumentos de época da coleção de Sanbon e, em particular, no final do caminho que caracteriza a primeira sala, é possível admirar a pintura de Evaristo Baschenis, intitulada “Instrumentos Musicais”, que representa uma espécie de “natureza morta” criada, no entanto, com instrumentos musicais para um efeito final muito elegante.

Mais tarde, na sala de número dois, é possível admirar algumas pinturas de Jacques Callot, obras de cerâmica e porcelanas que retratam a máscara de Arlequim e muitas outras de igual beleza. Esta sala é uma espécie de celebração de um estilo que surgiu no período renascentista entre os chamados “plebeus”.

A sala 3, precisamente a sala Esedra, celebra as figuras mais importantes e representativas de uma das mais famosas técnicas de canto ou o chamado “Bel canto”. Nela, pinturas que retratam as primeiras mulheres da estação do século XIX do Teatro Scala, vestidas em trajes clássicos de heroínas: Giuditta Pasta, Isabella Colbran, Maria Malibran.

Os compositores claro que também merecem atenção: Rossini, Bellini e Donizetti. Giuseppe Verdi, que estreou no Scala, também é comemorado, assim como Arturo Toscanini, Eleonora Duse, Giacomo Puccini e, finalmente, Maria Callas.

O Museu do Teatro Scala é, portanto, um lugar perfeito para entusiastas (e não entusiastas) recriarem a história da ópera e da música clássica através de seus personagens, instrumentos musicais, figurinos e outros objetos muito particulares. A entrada para o museu também permite a visualização do teatro, mas apenas na ausência de ensaios, shows ou eventos abertos ao público.

Boa visita!

O Museu do Teatro Scala funciona todos os dias das 9.00 às 17.30 (último ingresso as 17.00) e está localizado no Largo Antonio Ghiringhelli, e fica ao lado do Teatro. É facilmente acessível de metrô nas paradas “Duomo” (M1 – Linha Vermelha) e Montenapoleone (M3 – Linha Amarela).

Bilhetes a 9 euros

Para mais informações acesse o site do Museu aqui 

Ciao a tutti! Em Milão temos muitas igrejas, cada uma com detalhes e particularidades que as diferenciam e as tornam imperdíveis para uma visita. E uma delas com certeza é a Igreja de Santa Maria Incoronata, também conhecida como as igrejas gêmeas de Milão. Vamos descobrir?

A Igreja de Santa Maria Incoronata é um exemplo de igreja dupla ou, como é mais conhecida, de igrejas gêmeas. A primeira igreja à esquerda é a mais antiga, construída por padres eremitas de San Marco ainda no período medieval e foi batizada em homenagem a Santa Maria di Garegnano. Já a segunda igreja é dedicada a Nicolò di Tolentino e foi construída muitos anos depois. As duas igrejas foram unificadas em 1484, constituindo assim uma única igreja, a Santa Maria Incoronata, com uma planta quadrada que, combinada com o convento adjacente, forma a principal sede agostiniana da Lombardia. 

E agora você deve estar se perguntando o motivo dessa unificação. Bom, segundo a tradição, a igreja foi unificada como símbolo da união conjugal entre o duque de Milão Francesco Sforza (o Castello Sforzesco leva o nome de sua família) e Bianca Maria Visconti, que decidiram celebrar publicamente todo o seu amor e fidelidade. Bianca pede a construção da segunda igreja exatamente igual a primeira, para assim interligar as duas formando uma só.

Internamente, a Igreja de Santa Maria Incoronata possui uma planta quadrada dividida em dois, das quais a estrutura anterior ainda de duas igrejas separadas ainda pode ser vista: a igreja da esquerda em estilo neoclássico e a da direita em estilo barroco.

Uma obra-prima importante da igreja é a lápide do arcebispo Gabriele Sforza, colocada na segunda capela à direita e feita de mármore de Candoglia, o mesmo usado no Duomo. A Igreja também possui dois claustros que faziam parte do antigo convento agostiniano, além de uma Biblioteca Humanística.

Super interessante e romântica, não acha? 

A igreja está aberta das 7.30 às 12.00 e das 16.00 às 19.00 e fica na Corso Garibaldi, 116

Ciao a tutti! O Palazzo Reale de Milão fica na Piazza Duomo e atualmente oferece uma nova e muito interessante exposição: a Tutankhamon RealExperience, dedicada ao mais famoso dos Faraós. Essa exposição nos leva através de uma emocionante e imersiva jornada para descobrir a antiga civilização egípcia. Fomos visitá-la e contamos tudo aqui para vocês.

Tampa da tumba de Pa-di-Khonsu Vasos onde eram conservadas as vísceras das múmias Estátua de Ptah-Sokar-Osiris Decoração de uma tumba (XIII-XII a.C.)

Envolta em mistério, a figura do faraó Tutankhamon sempre desperta curiosidade e fascínio. Ao mesmo tempo, deus e rei, o mais famoso dos soberanos egípcios que morreu com apenas 19 anos, é o protagonista dessa exposição que se divide em duas partes e apresenta objetos que documentam essa civilização milenar que floresceu ao longo das margens do Nilo e ainda duas salas com projeções imersivas que introduzem o espectador a descobrir o mundo dos antigos egípcios e suas crenças religiosas, concentrando-se em particular no aspecto da morte e na concepção do além.

Múmia masculina (fim do século III – I século a.C)

A exibição começa com esculturas, objetos, sarcófagos e uma múmia de verdade, emprestados de coleções cívicas de Milão, do Museu Arqueológico Nacional de Florença e de coleções particulares. Tudo isso, além de um extraordinário papiro de 7 metros, encontrado em 1850 e ainda uma estátua do jovem Tutankhamon sob o disfarce do deus Amon que fazem parte da exposição e que com certeza é a melhor parte dela. Nós adoramos a cultura do Antigo Egito e é sempre fascinante ver exposições sobre ela.

Oração entalhada (VIII-IV a.C.)Tampa de um sarcófago (X-VIII a.C.)Jovem Tutankhamon sob o disfarce do deus Amon

Posteriormente, a exposição se torna inteiramente multimídia, dividida em dois ambientes diferentes: no primeiro, graças às imagens extraordinárias que chegaram até nós, o visitante pode descobrir as características distintivas da civilização que se estabeleceu por milênios às margens do Rio Nilo, começando de Tebas até o Vale dos Reis. A primeira sala conta como Howard Carter descobriu o túmulo de Tutankhamon e seu funeral extraordinário. Já no segundo ambiente imersivo, o próprio Tutankhamon é quem guia o visitante na jornada durante a noite, para conquistar a imortalidade. E o bacana é que essa experiência multissensorial é construída com imagens e animações que também vêm de túmulos e objetos de outras épocas da história egípcia, sendo assim esse passeio assume um valor absoluto no universo do Egito faraônico, representando a jornada de todos os antecessores e sucessores de Tutankhamon.

Exposição multimídia

E na saída existe uma lojinha para aqueles que querem uma recordação da exposição que é uma experiência super agradável para aqueles que como nós, gostam do Egito Antigo, de Faraós, múmias, tudo isso bem no centro de Milão, no Palazzo Reale que por si só já vale o passeio, ele é deslumbrante. 

A exposição Tutankhamon RealExperience vai até o dia 30 de agosto de 2020

Horários e endereço

Segundas, terças e quartas fechado
Quintas-feiras das 11:00 às 22:30
Sextas, sábados, domingos e feriados das 11:00 às 19:30

Palazzo Reale Piazza del Duomo, 12

Bilhetes 
Intero a 14 €  Reduzido a 12 €

Compre seu bilhete aqui
Atenção: a exposição está aberta apenas mediante reserva devido as medidas de controle do Covid-19, antes de reservar consulte as regras de acesso
Outras informações www.palazzorealemilano.it

Ciao a tutti! Milão não é uma cidade com praia, e para compensar isso temos o Idroscalo, que também é conhecido como “O mar de Milão”. Ele fica pertinho do centro, cerca de 10 km (uns 15 minutos de carro) e fica entre os municípios de Segrate e Peschiera Borromeo. O Idroscalo é um lago de 800 mil metros quadrados alimentado por águas de nascente, cercado por um parque com mais de 5 mil plantas. Ao redor do lago são organizadas competições de 22 esportes, de remo a rugby, de vela a esqui aquático, natação e vôlei de praia. E também existem centros de verão para crianças e adolescentes e áreas para cães que foram criadas no início dos anos 2000. Há também uma praia que ocupa toda a margem leste da bacia. Vamos descobrir mais um pouco sobre o Idroscalo, o “mar de Milão”?

Vamos começar com a história do Idroscalo que é muito particular. Na segunda metade da década de 1920, acreditava-se que os hidroaviões seriam o futuro da aviação e, em 1926, Milão queria ter um local de pouso feito especialmente para hidroaviões, para expandir indiretamente o Aeródromo de Taliedo, um dos primeiros aeroportos italianos que caiu em desuso com a inauguração do Aeroporto de Linate. A bacia hidrográfica deveria ter surgido ao lado da Via Mecenate, cerca de dez quilômetros a oeste de Idroscalo, mas o projeto foi abandonado devido aos custos excessivos da demolição dos edifícios na área escolhida.

Em 1927, no entanto, foi emitida uma lei que obrigava as províncias a ter um espaço de aterrissagem para terra e hidroaviões. Nesse momento, o então prefeito de Milão, Giuseppe De Capitani d’Arzago, decidiu retomar o projeto e executá-lo em um local mais distante do centro de Milão, escolhendo então a área do atual Idroscalo, porque já havia enormes pedreiras abertas por uma empresa de construção que ainda existe hoje e que pretendia construir um enorme pátio de triagem.

Assim, a ideia era que a bacia deveria servir não apenas a aviadores, mas também a atletas que praticavam esportes aquáticos. As obras começaram em 1928. Foram utilizadas 6 escavadeiras e 30 quilômetros de trilhos para movimentar cerca de 3000 vagões cheios de terra, movidos por 12 locomotivas. Um trabalhão.

Durante as escavações, foram encontrados numerosos achados arqueológicos de todas as épocas, que infelizmente com o tempo foram perdidos: túmulos, moedas, jóias, louças de terracota. Assim, o Idroscalo foi concluído em 28 de outubro de 1930, mas já em 28 de maio daquele ano o primeiro hidroavião já havia pousado nas águas da bacia, enquanto o trabalho ainda estava em andamento.

Como sabemos os hidroaviões não foram o futuro da aviação e o Idroscalo continuou sendo usado pelos milaneses, que desde os anos 90 o usam como o principal local de encontro de verão.

Entre as diversas coisas que você pode fazer no Idroscalo são: andar de bicicleta e skates, correr, tomar banhos de sol nos gramados, fazer picnic, acessar as áreas de cães e se banhar na “praia” (atualmente se banhar não é possível por conta do coronavírus). Tudo isso gratuitamente. 

A pagamento é possível treinar rugby, andar de barco, usar a academia, andar de kayak, jogar futebol, vôlei de praia e tênis, pescar e muitas outras atividades. 

Entre as diversas coisas bacanas que se pode fazer no Idroscalo, é apreciar as diversas obras de arte que ficam em torno da bacia do lago. São realmente muitas e o Idroscalo é considerado um dos maiores jardins públicos de esculturas da Itália.

Nele também podemos encontrar o lindo “Jardim da vida”, onde se adota uma árvore em homenagem a um ente querido. Lindo de se ver.

Coloque uma roupa confortável, compre diversas guloseimas, passe protetor solar e passe o dia todo tranquilamente sem perceber a hora passar. Inclua um delicioso picnic no Idroscalo em seu roteiro por Milão, é um baita contato com a natureza, pertinho do centro. 

Como chegar

O Idroscalo está localizado próximo ao aeroporto de Linate, entre os municípios de Segrate e Peschiera Borromeo. É facilmente acessível de carro (o estacionamento é pago) ou de transporte público: é possível pegar o ônibus 73 / saindo da piazza San Babila para Linate (parada Strada Rivoltana / Tribune Idroscalo),  linha 183 saindo do aeroporto Linate  até o Idroscalo e linha 923 saindo do Hospital San Raffaele até a estação Segrate (parada Idroscalo Tribune)

Bilhetes e horário

A entrada para o Idroscalo, o “mar de Milão” é gratuita, porém se paga para usufruir dos serviços específicos. Consulte o site para saber mais https://idroscalo.org/ 

Horário de funcionamento das 7:30 às 21:00

Salve! Começa a fase 2 do Coronavírus na Itália a partir do dia 4 de maio, ou seja, começaremos a conviver com o vírus nessa data. Ainda não é um fim para todo essa situação, ainda temos um longo caminho, mas já é um início. Na conferência de imprensa de hoje (26 de maio), o primeiro ministro Giuseppe Conte reiterou “a importância da distância social, mesmo nessa fase 2, pois ainda existe o risco de contágio. A distância de pelo menos 1 metro entre uma pessoa  ainda deve ser respeitada. “Se você ama a Itália, ele continuou, mantenha distância”. Isso vale não somente para a Itália, mas para todos os países. Já que começa a fase 2 pós-bloqueio, veja todos os detalhes:

O plano, como já citamos, começa em 4 de maio e vai permitir que os cidadãos se preparem para isso. O Primeiro Ministro também fixou os preços das máscaras em torno de 0,50 €.

O que muda em 4 de maio, o começo da fase 2 do Coronavírus

Do dia 4 até 18 de maio, será possível se movimentar dentro da própria região apenas para necessidades comprovadas (como por exemplo, ir trabalhar), e agora será possível também visitar parentes desde que medidas de segurança sejam seguidas, ou seja, nada de reuniões ou festas. Ainda será proibido mudar para outra região, exceto por motivos profissionais ou de saúde. Movimento fora da região é permitido se você voltar para sua casa ou residência. Todas as pessoas que têm 37,5 de febre são proibidas de sair de casa: as proibições de multidão permanecem proibidas em locais públicos e privados. Parques, vilas e jardins só serão reabertos se equipados: os prefeitos poderão fechar essas áreas caso decidam. As áreas para crianças nos parques continuam fechadas até segunda ordem.

Esportes

Esportes serão novamente permitidos a uma distância de 2 metros e um metro se a atividade for  motora. Exercícios profissionais são permitidos sem reuniões e atrás de portas fechadas.

Meios de transporte

Os horários diversificados de abertura e fechamento das atividades exigirão uma remodelação do serviço público, que deverá, no entanto, ainda ser aprimorado nos horários de pico.

Funerais e lojas 

Cerimônias fúnebres com parentes (até no máximo 15 pessoas) com máscaras e respeitando o distanciamento social serão permitidos novamente. A partir de 4 de maio, será permitido também buscar comida nos restaurantes, desde que se leve para comer em casa e ainda respeitando todas as medidas no momento da compra. Em 18 de maio acontecerá a reabertura do comércio varejista, assim como museus, exposições e bibliotecas.

Bares, restaurantes e cabeleireiros

Em 1º de junho, explicou o Primeiro Ministro, estão agendadas as reaberturas de bares, restaurantes, cabeleireiros, centros de massagem e todas as atividades de cuidados pessoais.

Escolas

Os alunos não retornarão às aulas até setembro. O governo está trabalhando para definir como realizar os exames estaduais “presenciais, mas com total segurança”.

As autocertificações ainda serão necessárias?

Sim, Conte confirmou que, mesmo após 4 de maio, será necessário produzir uma autocertificação para justificar seus movimentos. Claramente, os novos motivos podem ser incluídos, incluindo uma visita aos parentes e atividades motoras ao ar livre.

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Arrivederci para os restaurantes, bares, pubs, trattorias e pizzarias italianas que estando a mais de quarenta dias fechados, fazem jus ao termo “quarentena”. Temos as entregas a domicílio, claro, mas durante esses dias de isolamento, uma das atividades que mais nos deixam felizes e fazem passar o tempo é cozinhar, ainda mais se falamos de Itália. A incapacidade de comer fora de casa nos obrigou a tomar café da manhã, almoçar e jantar em casa e com isso as redes sociais diariamente são invadidas por pizzas, pastas, pães e lasanhas caseiras que nos deixam com uma constante fome. Com fome e sem muitas certezas, a verdade é que houve uma verdadeira mudança nos hábitos e opções de compra por aqui e a dúvida é: quais os alimentos mais comprados nos supermercados italianos durante a quarentena?

De acordo com os dados do Instituto de Serviços para o Mercado de Alimentos Agrícolas (ISMEA) de 16 de fevereiro a 15 de março, nas grandes distribuidoras, cerca de 750 milhões de euros foram gastos a mais que no mesmo período de 2019. E quais produtos foram comprados? Nas três primeiras semanas de confinamento, os produtos mais comprados na Itália foram aqueles de necessidade básica e não perecíveis como manteiga, açúcar, macarrão (previsivelmente), arroz, farinha e latas de tomate pelado. 

E isso acabou mudando um pouco nas últimas duas semanas, talvez porque as pessoas entenderam que não havia nenhuma necessidade de estocar comida como se estivéssemos em uma guerra nuclear. Todos os supermercados continuaram funcionando e foram bem abastecidos, sendo assim, a compra desses produtos entrou em segundo plano em favor da farinha e do fermento. Esse último muitas vezes inacessível, já que é um produto vivo que não atende uma demanda tão alta em pouco tempo. E, com as pessoas um pouco mais calmas e sovando pão, pizza, macarrão e fazendo sobremesas: claro que a venda de ovos também aumentou. A venda de congelados (tê-los no freezer por várias semanas é sempre conveniente), pó de café, arroz e conservas também aumentaram nos supermercados italianos durante a quarentena.

Passamos agora para a semana de 16 a 22 de março, quando as pizzas congeladas, os frios, as batatas fritas, os cremes de passar em pães e torradas, a mussarela, as salsichas, os sorvetes e a camomila começaram a vender muito mais. Repare que os produtos vão mudando da linha básica e indo mais para o “comfort food”.

E não podemos nos esquecer que toda situação de tensão como essa quarentena, gera um aumento claro nas vendas de álcool, afinal muito precisam afogar suas mágoas quando a camomila não faz mais efeito. E brincadeiras a parte, de fato, a compra de vinho na Itália aumentou significativamente em comparação com o mesmo período de 2019, mesmo que o crescimento maior tenha sido registrado em sites especializados de compra online.

Basta saber como o italiano vai se comportar nos supermercados na pós-quarentena, depois de ter mudado sua rotina alimentar e consumindo mais calorias. Será que teremos um aumento no consumo dos produtos naturais e de baixa caloria? Veremos.

Un bacio.

Aproveite para ler também: Supermercados em Milão e 10 produtos deliciosos da Itália para levar na mala!

Ciao! Milão é incomparável quando se trata de arte e história, com diversos museus para descobrir e admirar. Entre uma caminhada e outra, em toda a cidade será possível encontrar alguma coisa bacana para se fazer e visitar, seja ela uma igreja importante, um bom restaurante, uma ótima loja, um maravilhoso museu. E falando nisso, vamos descobrir os 10 melhores museus de Milão juntos? Vamos lá!

Museo del Cenacolo Vinciano

Em qualquer roteiro de Milão, existe uma visita obrigatória. E não estamos falando do Duomo, mas sim da Última Ceia de Leonardo da Vinci (Cenacolo Vinciano em italiano), que fica na Igreja de Santa Maria delle Grazie.  Basílica e santuário, essa igreja não é exatamente um museu no sentido literal, porém, dado que lá dentro se encontra a obra-prima construída por Leonardo da Vinci entre os anos de 1494 e 1497, ela tornou-se uma espécie de museu real e, portanto, certamente não poderia faltar nesta lista dos 10 melhores museus de Milão. Ah, e não se esqueça que os ingressos para visitar a Última Ceia são concorridíssimos, então já comece a pensar em comprá-los com bastante antecedência.

Piazza di Santa Maria delle Grazie

Veja também! Como visitar a Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão 

Castello Sforzesco

Bem no centro de Milão você pode admirar um dos melhores exemplos de arquitetura renascentista, o Castelo Sforzesco, construído por Francesco Sforza (daí o nome) no século XV. Além dele ser um dos maiores símbolos históricos de Milão, ele é também a sede dos Museus Cívicos da cidade e abriga, desde 1896, uma das maiores e mais importantes coleções de arte da Itália com a Pinacoteca do Castelo, o Museu de Arte Antiga, o Museu de Artes Decorativas, o Museu de Pré-História e Proto-História, o Museu Egípcio, os Salões de Visconte (onde são realizadas exposições temporárias) e o Arquivo Histórico Cívico e a Biblioteca Trivulziana, onde é mantido o Código Trivulziano de Leonardo da Vinci. Isso tudo, além da última escultura de Michelangelo, a Pietà Rondanini, que está no Museu da Pietà Rondanini e é uma das nossas obras preferidas, uma visita realmente imperdível.

Piazza Castello 

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Pinacoteca di Brera

Provavelmente você já deve ter ouvido falar na famosa Pinacoteca di Brera. Sem dúvida, sua glória e fama são atribuíveis à impressionante coleção de obras de arte fantásticas que vão de um período de tempo que começa entre o século XIV e o século XX. Entre as inúmeras obras-primas que podem ser admiradas na Pinacoteca di Brera estão a Ceia em Emaús de Caravaggio, o Beijo de Francesco Hayez e o Políptico de San Luca de Andrea Mantegna. Isso tudo além da Pinacoteca ficar em Brera, um dos bairros mais charmosos de Milão.

Via Brera, 28 

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Pinacoteca Ambrosiana

Aqui, nosso museu preferido em Milão. Fundada por Federico Borromeo em 1618, a fim de garantir educação cultural gratuita a quem demonstrasse aptidões e qualidades artísticas ou intelectuais, a Galleria d’Arte Ambrosiana é o museu mais antigo de Milão. No seu interior, existem obras de Antonio Canova e Pompeo Marchesi; o esboço para a Escola de Atenas de Rafael; o Cesta de Frutas de Caravaggio; a Madonna com Criança e Três Anjos de Botticelli, além do Código Atlântico de Leonardo da Vinci que se encontra em sua biblioteca. Agora você entende porque a Pinacoteca Ambrosiana é o nosso museu preferido.

Piazza Pio XI, 2

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Palazzo Reale

Na Piazza del Duomo, além do Duomo, você também encontrará o Palazzo Reale que desde 1919, tornou-se um centro de exposições que se tornaram cada vez mais prestigiados a nível nacional e internacional. Entre os vários nomes, podemos citar as exposições dedicadas a Monet e Van Gogh. Fique de olho nas exposições temporárias do Palazzo quando fizer sua visita a Milão.

Piazza del Duomo, 12 

Museo del Novecento

Do ladinho do Palazzo Reale e assim do Duomo, há o famoso Museo del Novecento, com uma exposição maravilhosa e atraente de obras de arte pertencentes ao século XX, criadas, entre outras, por Fontana, Soffici, Boccioni, Kandinsky e Picasso. Não se esqueça de fazer a linda foto com o Duomo de fundo e a linda luminária do museu, tudo isso no último andar.

Palazzo dell’Arengario, Via Guglielmo Marconi, 1

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Museo di Storia Naturale

Este é o museu cívico mais antigo de Milão. Fundado em 1838, ele conserva em seus 23 quartos milhões de achados, desde a evolução de animais e humanos até o desenvolvimento de vertebrados e plantas, além de evidências mineralógicas muito importantes. Uma das partes mais legais da visita são os esqueletos de dinossauros, além da presença de dioramas excepcionais que reconstroem o ambiente em que plantas e animais viveram e vivem. Uma experiência única e atraente para crianças, mas também para adultos, que o transforma em um dos 10 melhores museus de Milão.

Corso Venezia, 55

Não deixe de ver! Passeio com crianças em Milão: O Museu de História Natural

Museo del Risorgimento

Entre os 10 melhores museus de Milão, temos o Museo del Risorgimento, que não poderia faltar. Construído em 1886 como um espaço de exposição dedicado ao Risorgimento. Aqui você pode admirar objetos, armas, gravuras pintadas, obras de arte e muitas outras relíquias históricas que variam de 1796 a 1870, ou seja, de Napoleão Bonaparte em seu ataque a Roma.

Via Borgonuovo, 23

Memoriale della Shoah

Inaugurado em 27 de janeiro de 2013, o Memorial Shoah está localizado logo abaixo da estação Central de Milão. O trilho 21 era o local de onde os trens saiam direto para os campos de concentração de Flossenbürg, Ravensbrück, Bergen-Belsen, Mauthausen e Auschwitz-Birkenau. 

Piazza Edmond J. Safra, 1

Museo teatrale alla Scala

O Museo teatrale alla Scalaé uma fascinante instituição privada que preserva uma das mais ricas coleções de figurinos, desenhos cenográficos e autógrafos do Teatro alla Scala. Retratos, cartas e instrumentos musicais antigos completam essa incrível jornada no templo da música milanesa. Caso não consiga um dos concorridíssimos ingressos para ver uma das Óperas, a visita ao seu museu já compensará bastante.

Largo Antonio Ghiringhelli, 1

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Aproveite que você já descobriu os 10 melhores museus de Milão e veja quais são os Museus gratuitos da cidade, além da lista completa dos Museus gratuitos no primeiro domingo do mês em Milão. 

Ciao a tutti! A Páscoa, assim como no Brasil, é um dos feriados mais importantes do calendário. Sua origem vem lá de longe, ainda na antiguidade. O verdadeiro significado da Páscoa é a esperança e a alegria, tudo regado a boa comida, muito chocolate e guloseimas. É também o primeiro feriado da primavera por aqui (embora sua data seja móvel), a primeira pausa do trabalho e da escola após o inverno que em Milão pode ser bem rigoroso. Vamos descobrir um pouco mais da Páscoa em Milão? Vem com a gente!

Significado da palavra Páscoa 

O verdadeiro significado da Páscoa, do ponto de vista etimológico, deriva da palavra aramaica “pasah”, que significa “ultrapassar”. Para os judeus, este feriado comemora o fim da escravidão no Egito, a libertação do povo judeu a pedido de Deus, a passagem pelo Mar Vermelho e o êxodo para a Terra Prometida. O mesmo conceito de ‘passagem’ é adotado pelos cristãos para quem a festa é a passagem da morte para a ressurreição. No domingo de Páscoa, o terceiro após a crucificação, Cristo ressuscitou e ascendeu ao céu. A palavra italiana Pasqua deriva de uma transcrição grega errônea de ‘pascha’ que se refere a ‘sofrimento’, portanto, à Paixão de Cristo. 

Tradições culinárias

Os italianos encaram a Páscoa da mesma forma que no Brasil: se empanturrando de chocolates, colombas e diversos pratos deliciosos. É uma delícia passar a Páscoa por aqui pois os italianos são ótimos em fazer doces e imagine que opções não vão faltar, como ovos de páscoa da Ferrero, Kinder e Perugina ou colombas da Bauli, Motta que são todas marcas industriais encontradas facilmente em supermercados. Além delas, as confeitarias de toda a cidade estão cheias de ovos e colombas artesanais, que são ainda melhores que as industriais, claro, pois são feitas individualmente com todo o carinho, sempre usando receitas deliciosas, pelos vários confeiteiros que temos na cidade. E se você não provou nenhum, precisa provar!

E falando em colomba, sabia que ela nasceu aqui em Milão? Sim, o nascimento da colomba aconteceu em Milão na década de 1930 nas instalações da empresa Motta, quando o diretor de publicidade Dino Villani fez uma proposta vencedora. A empresa, já conhecida por seu famoso panetone (também inventado aqui), decidiu encontrar uma estratégia para reutilizar as máquinas e ingredientes de Natal também nos meses seguintes e assim ganhar dinheiro mais de uma vez no ano. Assim nasceu a colomba: uma sobremesa que utiliza os mesmos procedimentos de preparação do panetone, mas finalizada com uma camada de amêndoas e em outro formato. Genial concorda?

Infelizmente na Páscoa em Milão de 2020 (assim como em toda a Itália), estamos com o problema do coronavírus, como todos já sabem, e todas as comemorações serão em casa, mas uma excelente dica é que no domingo de Páscoa (12 de abril de 2020 às 19h00 na Itália ou às 14h00 no Brasil), a convite da cidade e da Catedral de Milão, o ícone da música italiana no mundo Andrea Bocelli se apresentará para transmitir uma mensagem de amor e esperança à Itália e ao mundo. No Brasil basta assistir pelo canal do youtube dele

Pasquetta

No Brasil o feriado da Páscoa começa na sexta com a Paixão de Cristo. Já na Itália a sexta não é feriado, mas sim a segunda, também chamada de Lunedì dell’Angelo (segunda-feira do anjo) ou Pasquetta que é o dia seguinte à Páscoa e leva o nome do fato de que neste dia nos lembramos da reunião do Anjo com as mulheres que chegaram ao sepulcro de Jesus. E na Pasquetta, uma  tradição deliciosa é de sair com parentes ou amigos em uma viagem ou um piquenique na grama de um dos lindos parques de Milão e também fazer atividades ao ar livre como andar de bicicleta em família. 

Buona pasqua e pasquetta a tutti! 

Ciao! Esqueça as casas históricas e monumentos muito comuns por aqui. Hoje vamos te mostrar as oito casas mais incomuns de Milão. Uma casa em forma de iglu, um prédio com doze clones ao redor do mundo, um jardim com flamingos. Sim, tudo isso em Milão! Algumas das casas foram projetadas por grandes arquitetos ou apenas foram o resultado de experiencias das viagens de seus proprietários, algumas elegantes, outras estranhas, todas interessantes. Vamos conhecer?

As casas iglu da via Lepanto

Elas ficam no norte de Milão e levam o nome de uma fazenda que não existe mais no local. Em meados dos anos quarenta, inspiradas em uma técnica de construção estudada na América pelo engenheiro Mario Cavallè. As ousadas casinhas de tijolos vermelhos de dois andares, um no nível da rua e um porão, num total de 45 metros quadrados com hall de entrada, banheiro, dois quartos pequenos e cozinha. Das doze originais, oito sobreviveram e apenas duas delas mantiveram a subdivisão original de espaços dentro. Nessa leva de casas iglus, duas outras casas também foram construídas, só que na forma de cogumelos, mas infelizmente elas não existem mais. Uma pena.

A casa 770 da via Poerio

No número 35 da via Poerio, na região de Porta Venezia, há um edifício com uma história muito especial e misteriosa. Ele tem três andares, uma fachada de tijolos, três pináculos pontiagudos e fica espremido entre os outros prédios. Ele se chama 770 e é uma reprodução do edifício homônimo no Brooklyn adquirido na década de 1940 pela dinastia judaica ortodoxa Lubavitcher, para ser o lar do rabino Yoseph Yitzchok Schneerson, fugido da perseguição nazista. Depois dele, a casa foi habitada por seu genro, Rabino Menachem Mendel Schneerson, líder do movimento Chabad-Lubavitch e fundador dos centros de reunião da comunidade de Chabad no mundo. A casa na 770 Eastern Parkway se tornou, por esse motivo, um lugar muito querido pela comunidade judaica, tanto que vários membros decidiram reproduzi-la em outras cidades. Sendo assim, casas iguais ou similares são encontradas em Nova Jersey, Cleveland, Los Angeles, Canadá, Ramat Shlomo em Israel, São Paulo, Argentina, Austrália, Chile e Ucrânia.

As casas Tudor da via Giambologna

Parece um pedacinho da Inglaterra ou da Alemanha. Impossível não notar as duas vilas com fachadas de grade de madeira e telhados inclinados. Sua construção remonta a 1925 e uma versão diz que tudo surgiu de uma inglesa que se casou com um italiano e queria uma casa em um estilo que a lembrasse de sua terra. Já uma outra versão é a de que dois alemães, nostálgicos por seu país, pediram a um arquiteto o estilo enxaimel na construção de suas casas milanesas. De qualquer forma, as casas são lindas e com certeza fazem parte das 8 casas mais incomuns de Milão.

O jardim com flamingos da via dei Cappuccini 

No número 9 da via dei Cappuccini, em um edifício residencial chamado Villa Invernizzi, existe uma colônia de flamingos cor-de-rosa em seu jardim. O criador desse jardim era Cavalier Invernizzi, um rico famoso produtor de queijo que aparentemente passava horas inteiras na janela de casa para admirá-los. Villa Invernizzi é ainda hoje povoada por espécimes de vida muito longa, que podem viver até 70 anos: os primeiros chegaram à Itália vindos da África e do Chile, em 1980, pouco antes da Itália ingressar na Convenção de Washington sobre comércio internacional de espécies ameaçadas de extinção. A ideia era criar um lugar onde essas espécies de animais pudessem viver em tranqüilidade. Cavalier morreu sem herdeiros, e atualmente a Villa é ocupada por outros moradores e os flamingos continuam ali para quem quiser ver do lado de fora das grades, claro.

Leia aqui nossa matéria completa sobre os flamingos rosas do centro de Milão.

A casa das fadas da Via Odescalchi

A casa das fadas fica na região do San Siro e para as crianças, é um verdadeiro lar de contos de fadas, por ter o aspecto de castelo de princesas. Para os adultos, uma das 8 casas mais incomuns de Milão. Na realidade, nos anos 90, essa casa parece ter sido uma espécie de casa de encontros (digamos assim) com uma piscina em forma de coração, que não existe mais. A casa atualmente foi dividida em alguns apartamentos residenciais.

O edifício Liberty da via Malpighi

Milão tem muitos palácios Liberty em muitos bairros. Mas se você quiser admirar o mais bonito, deve ir à Porta Venezia. Ali está a Casa Galimberti, que é o sobrenome dos dois irmãos que no início do século XX contrataram o arquiteto Giovanni Battista Bossi para projetar um edifício moderno para a época. Graças à fachada revestida com azulejos pintados a fogo, volutas de ferro e concreto, figuras femininas e masculinas e decorações florais, esse edifício é uma verdadeira obra de arte.

A vila dos trabalhadores da Via Lincoln

A história dessa linda vila começa no final de 1800, quando uma cooperativa de trabalhadores projetou um bairro ideal, composto de pequenas casas a preços acessíveis (que agora não são nada acessíveis), destinadas a trabalhadores da área de Porta Vittoria. Ao longo dos anos, os habitantes começaram a embelezar a área, dando origem a um tipo de desafio para encontrar a cor mais alegre e brilhante para sua fachada. O resultado é um efeito de arco-íris, ainda mais especial pela presença de árvores e flores durante a primavera. Um lindeza, absolutamente umas das 8 casas incomuns de Milão.

Leia aqui nossa matéria completa sobre a rua arco-íris de Milão.

A casa de três cilindros da via Gavirate

Impossível não notar quando se passa pelo número 27 da Via Gavirate na região de San Siro: um condomínio – composto por três cilindros, três torres dispostas em um triângulo e unidas por um elemento envidraçado central. Os arquitetos Angelo Mangiarotti e Bruno Morassutti os projetaram em 1959 para uma cooperativa de funcionários do estado. Essa específica escolha deveu-se não apenas à irregularidade do lote em que foi construído, mas também ao pedido de apartamentos espaçosos e muito luminosos: em cada andar há apenas um apartamento, de fato, com terraços de jardim em cima de cada cilindro.

Essas casas, fruto muitas vezes da ousadia e excentricidade de seus proprietários, transformam Milão em uma cidade rica de curiosidades. Vindo nos visitar, coloque no seu roteiro algumas dessas casas, são no mínimo curiosas. Bacione!