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Ciao! Sempre repetimos que Milão é uma cidade cheia de arte e história, com muitos museus e esculturas por toda parte. Hoje porém, vamos falar de um verdadeiro museu a céu aberto, o Cimitero Monumentale (Cemitério Monumental) de Milão. 

Ele que é dos monumentos mais representativos de Milão, nasce em 1866 como um cemitério aberto aos milaneses “de todas as formas e fortunas”. Porém, essa conotação mudou ao longo dos anos e o Cemitério Monumental de Milão se tornou muito mais do que um simples cemitério, como o próprio nome diz se tornou “monumental”, dedicado não apenas aos mortos, mas também a história de Milão.

O cemitério foi criado por Carlo Maciachini e está localizado na praça homônima: Piazzale Cimitero Monumentale. Sua inauguração ocorreu em 1866, porém sua realização foi pensada anos antes, quando o Município de Milão anunciou uma competição pelo design de um único cemitério que unisse os enterros dos seis cemitérios periféricos. Uma iniciativa que, no entanto, não teve muito sucesso, foi necessário esperar até 1860 para anunciar uma nova competição e somente em 1863 houve um vencedor, justamente o arquiteto Carlo Maciachini, que depois de projetar o Monumental obteve sucesso na arquitetura funerária.

Ao projetar o Cemitério Monumental de Milão, Maciachini se inspirou no estilo gótico, românico e bizantino que fizeram surgir o que é considerado hoje um verdadeiro “museu a céu aberto”, um modelo de ecletismo italiano e arquitetura funerária. Com uma superfície atual de 250 mil metros quadrados, levamos cerca de 2 horas visitando apenas os túmulos mais importantes sem parar muito tempo em cada um, ele é imenso! Então a dica é: ao visitá-lo, separe uma manhã ou uma tarde inteira, use um mapa (deixamos um a disposição no fim da matéria, só imprimir) e claro, sapatos confortáveis. 

Túmulos

Quanto à sua estrutura, Cemitério Monumental é composto por três áreas: a central e a maior, que é dedicada aos católico que partiam, uma área à esquerda para os não católicos e uma área menor a direita, que é dedicada aos israelitas. Quanto à área maior, olhando o Cemitério Monumental da Via Ceresio, a primeira coisa a ser encontrada é o Famedio, termo italiano que deriva do latim “famae aedes” e significa o templo da fama. E é realmente impressionante sua vista.

O Famedio se trata de uma construção volumosa em mármore e tijolo que inicialmente deveria ser uma igreja, mas se tornou o local onde os ilustres milaneses estão enterrados, uma “obra aberta”: não apenas para aqueles que eram famosos no passado, mas continuamente “enriquecida” com aqueles comprometidos em melhorar Milão. Sendo assim, todos os anos, com uma cerimônia que acontece no dia 2 de novembro, outros nomes são inseridos nas paredes do Famedio por decisão da Câmara Municipal, incluindo pessoas que não estão enterradas aqui, mas que fizeram a história de Milão ou têm mérito artístico. Ali estão por exemplo, os nomes de Leonardo Da Vinci (enterrado na França), Santo Ambrósio (enterrado na igreja de seu nome em Milão) e Santo Agostinho (enterrado em Pávia).

Túmulo de Davide Campari

No Cemitério Monumental existem monumentos funerários dedicados a várias famílias milanesas ilustres, como as famílias Falck, Bocconi, Branca, e o túmulo da família de Davide Campari (da famosa bebida), inspirado pela Última Ceia de Leonardo da Vinci. Um dos mais visitados túmulos lembra a Torre de Babel e pertence aos restos mortais de Antonio Bernocchi (e sua esposa), responsável pela construção do Parque Sempione. Ainda um outro túmulo, dessa vez inspirado pela Medusa de Caravaggio, foi um de nossos preferidos.

Visitar o Cemitério Monumental é uma coisa única, um misto de estranheza e beleza, afinal estamos em um museu que na verdade é um cemitério. Vale a pena cada minuto passado ali e se possível deve entrar no seu roteiro por Milão. 

O Cemitério Monumental está aberto de terça a domingo das 8h às 18h e fecha às segundas-feiras. Você pode entrar até 30 minutos antes do fechamento. O horário de funcionamento em feriados é das 8h às 13h. De terça a sexta-feira, a Santa Missa é celebrada às 11h. Entrada gratuita.

Metrô: Estação M5 Monumentale

Ciao! Hoje falaremos da lindíssima Basílica de San Vittore al Corpo, que é uma das igrejas mais desconhecidas de Milão aos olhos turísticos, apesar dela estar em um dos cantos mais movimentados da cidade, uma injustiça já que ela é um dos lugares mais antigos e impregnados de história por aqui. E agora vamos te mostrar porque ela deve entrar no seu roteiro:

A história da Basílica de San Vittore al Corpo começa já no período romano. Foi fundada por volta do século VIII para abrigar os corpos de San Vittore e San Satiro (que não está em San Vittore, está na Basílica de Sant’Ambrogio). No mesmo terreno também foi construído um mausoléu imperial, estrutura cujas fundações permaneceram ocultas até a década de 1950. 

Nesse mesmo lugar foi construída uma igreja no século IX, mantendo o mausoléu cristianizado e dedicado a São Gregório, até o século XVI, quando um mosteiro foi construído do lado. A igreja em uma primeira versão foi feita ao contrário em comparação com o que é hoje. Os Monges Olivetanos distorceram a estrutura em 1560 demolindo o que era São Gregório, ou seja, o mausoléu e transformando a entrada da igreja para o que é hoje. Sim, é bem confuso infelizmente.

A fachada, porém, permaneceu inacabada. Já seu interior foi bem caprichado com o melhor da decoração que existia nos séculos XVI e XVII, então vendo a fachada simples não desanime, o melhor está lá dentro. Afrescos, muito dourado e pinturas do século XVII fazem dessa igreja uma maravilha aos olhos, é impressionante. São dois mil anos de história preservados sob nossos pés. A Basílica de San Vittore al Corpo em Milão é uma verdadeira jóia.

Os claustros do antigo mosteiro abrigam hoje o Museu de Ciência e Tecnologia, uma das maiores excelências milanesas, de onde se pode admirar os traços de um passado antigo e glorioso que vale também visitar.

Em nossa última visita, soubemos que seria possível subir na Torre do Sino. Isso só é possível em dois dias do ano nos meses de maio e setembro. Não havia fila mas deixamos nossos dados de contato com um funcionário da Basílica e esperamos para entrar com um grupo que também esperava pela visita com o sineiro que seria também nosso guia. 

O problema foi subir as escadas, que são de uma madeira muito antiga, são inclinadas e pequenas. Cada passo ali tem que ser pensado. Passado o sufoco e ignorando que depois tínhamos que descer tudo aquilo, foi possível admirar o panorama de Milão de um ponto de vista muito particular e ver os sinos tocarem e ver também todos seus mecanismos, além de uma mini aula sobre as variações no uso do sino. 

Descubra Milão! Inclua a Basílica de San Vittore al Corpo no seu roteiro.

Para saber quando será a próxima visita a Torre do Sino, acompanhe a página Campane e campanili della Diocesi di Milano.

Ciao! Toda cidade tem uma estação que a valoriza e talvez em Milão esta seja o outono; com tantas árvores pela cidade ficando vermelhas, marrons e amarelas, imagine como a cidade fica linda e romântica. Que delícia o outono! 

Já saímos do super calor do verão e colocar uma calça já se torna agradável, começamos a ficar mais elegantes e comer vários pratos típicos que no verão seriam muito pesados e nos fariam suar demais (rs), no outono voltam a ser possíveis. Oba!

O outono este ano (2020) começa no dia 23 de setembro e no momento que escrevemos essa matéria, ainda não sentimos a necessidade de usar mangas compridas nem nada, mas aquele calor forte do verão também já foi embora. Está super agradável!

No ano passado foi diferente: já no primeiro dia do outono nós sentimos um vento mais gelado nas ruas a uma necessidade de usar mangas compridas (nada muito grosso e quente), principalmente a noite quando não tinha o sol para ajudar a aquecer. O outono é praticamente inteiro assim, agradável. A temperatura começa mesmo a cair só em outubro e frio forte só em novembro e final de dezembro (que é quando começa o inverno). Ah, e costuma chover no outono, então vindo a Milão se prepare para essa possibilidade.

Temperatura média no outono em Milão

Setembro máxima 24° / mínima 16°

Outubro máxima 18° / mínima 11° 

Novembro máxima 11° / mínima 6°

Dezembro* máxima 7° / mínima 2°

* o inverno em 2020 começa no dia 21 de dezembro

O que vestir no outono em Milão 

Use roupas quentes e confortáveis para o seu passeio, se preparando para a possibilidade de chuva, como dissemos antes. Veja algumas sugestões:

Casacos: casacos impermeáveis (um trench por exemplo, ou ainda um de pena de ganso) pois são leves, bonitos e funcionais. Casacos com capuz são melhores ainda! 

Sapatos: aposte nas botas de cano alto, você ficará confortável, elegante e protegido. Na cidade muitas pessoas já estão usando e abusando delas, mesmo sem chuva. 

Calças: jeans, social, qual você preferir de acordo com o seu look.

Vestidos e saias: sempre com meias. 

Agora que você já sabe tudo sobre o outono em Milão, é só aproveitar a cidade que está linda! Bacione.


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Ciao! Milão parece uma cidade racional, sóbria e de bom senso. Só parece! Quando você menos espera, ela te surpreende com alguma coisa sem noção. 

Existe a linha de metrô M5 mas não existe (ainda) a M4

Repare que são apenas 4 linhas

Milão é a única cidade do mundo onde o 5 vem antes do 4, pois apesar da linha M4 estar em construção, a linha M5 foi inaugurada bem antes. Ocorre.

Porta Nuova na verdade é uma porta velha

Porta Nuova

É a porta simbólica da “nova Milão”: Porta Nuova, que na realidade é um portão de dois séculos, mesmo sendo o mais moderno dos antigos portões de Milão.

Milão é a única cidade italiana que não tem a via Roma

Essa foto com certeza não foi tirada aqui em Milão

Em Roma tem a via Milano, mas em Milão, não tem a via Roma, tem apenas a Porta Romana. A única outra excessão na Itália em que não existe uma via Roma é em Abbiategrasso (que também é na grande Milão). 

San Colombano faz parte de Milão, mesmo destacado do território de Milão

San Colombano (em marrom) faz parte de Milão mesmo não sendo em Milão

San Colombano fica entre a província de Lodi e a de Pavia e não faz fronteira nenhuma com Milão. Foi decidido mantê-lo na então província de Milão mesmo estando bem longe, porque é o local onde estavam as vinhas de Sforza (duques de Milão), que produz os vinhos daqui até hoje. Espertinhos.

O bonde é masculino, o ônibus é feminino

Il tram 9 (o bonde 9) e la autobus 78 (“a” ônibus 78). O primeiro é um bonde, o segundo é um ônibus, mesmo que seja conjugado no feminino. Sim, porque o ônibus em Milão é uma menina.

Ao fundador de Milão foi relegada uma rua na periferia 

Ao fundador de Milão, o rei dos celtas, Belloveso, foi nomeada uma rua periférica (perto de Niguarda), e não no centro da cidade. Ingratos.

Lembra de mais algum fato que faz Milão ser sem noção? Deixe nos comentários. Bacione. 

Ciao! Milão é uma cidade com um rico patrimônio artístico e cultural com museus de arte antiga e contemporânea, científicos e históricos, para adultos e crianças, basta escolher. E o melhor é que existem muitos museus gratuitos!

No primeiro domingo de cada mês por exemplo, graças a iniciativa “Domenica al Museo” (Domingo no Museu) é possível visitar alguns deles e suas imperdíveis obras. 

Em Milão existe ainda uma outra iniciativa que permite a visita a esses museus gratuitamente uma hora antes de seu fechamento durante o meio de semana. 

Para aqueles que gostam de arte e cultura, Milão oferece inúmeros museus gratuitos. Confira nossa lista:

Museus sempre gratuitos

Museo del Risorgimento

Casa delle Arti – Spazio Alda Merini

Casa – Museo Boschi Di Stefano

Museo Astronomico di Brera

Palazzo Morando | Costume Moda Immagine

Fondazione Pirelli HangarBicocca

Museo Studio di Francesco Messina

Mudec – Museo delle Culture (entrada gratuita apenas para as exposições permanentes)

Museo Mangini Bonomi (é necessário reservar sua visita)

Casa Verdi – Casa de repouso para artistas (doações são bem vindas)

Parco dell’Anfiteatro romano e Antiquarium “Alda Levi”

Museus gratuitos na primeira e terceira terça-feira do mês a partir das 14:00

Musei del Castello Sforzesco (excessão a “Sala delle Asse”, leia aqui nossa matéria sobre ela) 

Museo Civico di Storia Naturale (leia aqui a matéria completa que fizemos sobre ele)

Acquario Civico (leia aqui a matéria completa que fizemos sobre ele)

Galleria d’Arte Moderna

Museo Civico Archeologico

Museus gratuitos todo primeiro domingo do mês 

Pinacoteca di Brera (veja aqui a matéria completa que fizemos sobre Brera)

Musei del Castello Sforzesco

Museo del Novecento (veja aqui a matéria completa sobre ele)

Armani / Silos (leia aqui a matéria completa que fizemos sobre ele)

Cenacolo Vinciano

Galleria d’Arte Moderna

Museo Civico di Storia Naturale

Gallerie d’Italia

Museo Civico Archeologico

Acquario Civico

Museo del Risorgimento

Casa Museo Boschi Di Stefano 

Museo Studio Francesco Messina

Museus gratuitos para menores de 18 anos

Pinacoteca di Brera

Musei del Castello Sforzesco

Galleria d’Arte Moderna

Museo del Risorgimento

Museo Civico di Storia Naturale

Gallerie d’Italia

Museo Civico Archeologico

Acquario Civico

Museu gratuito para menores de 25 anos

Museo del Novecento

Vindo a Milão é só fazer a lista dos seus museus preferidos (gratuitos ou não) e visitar todos! Bacione. 

Ciao! Está vindo para Milão em setembro? Confira nossas dicas de eventos pela cidade que vão além dos principais pontos turísticos: com certeza não vai faltar o que fazer!

Risotto al Castello 

Sábado, 14 de setembro de 2019 em Milão, no Castello Sforzesco. No coração da cidade, moradores e visitantes provam o principal prato da tradição milanesa. Três risotos diferentes, todos para absolutamente provar: de vinho barbera e pancetta crocante, queijo scamorza defumada e repolho roxo, pesto de rúcula e tomate cereja confit. Além das delícias gastronômicas, shows infantis, shows e DJs anima a festa.

Grecia e Birra in Festa 

De sexta 20 a domingo 22 setembro 2019 em Bollate (Milão). É pra comer de montão: muito queijo feta, tzatziki, halloumi, kataifi, almondêgas de grão de bico. Tudo acompanhado por uma seleção de ótimas cervejas artesanais.

Sagra Nazionale del Gorgonzola

De sexta 20 a domingo 22 setembro 2019 em Gorgonzola (Milão). De quantas maneiras você pode comer gorgonzola? Bom, com salame e risoto, nhoques e sobremesas, sorvetes e polentas, de todo jeito possível!

Oktoberfest Milano 

De sexta 20 setembro a domingo 6 outubro 2019 em Sesto San Giovanni (Milão). O festival da cerveja da Baviera chega com onze dias de cerveja, bretzwel, batatas fritas e chucrute. Durante o evento também shows, um concurso de churrasco e uma área de recreação para crianças transformam o evento em parada obrigatória.

Música – Milão em setembro

Wilco

Foto divulgação

A banda de Chicago estará em Milão dia 19 de setembro. O décimo álbum de estúdio da banda, “Schmilco”, foi lançado em 2016 e serve como uma sequência de “Star Wars”, o álbum que Wilco lançou de forma surpreendente e gratuita para seus fãs. O vocalista Jeff Tweedy lançou recentemente seu primeiro álbum solo, WARM, na gravadora dBpm Records, ganhando grande sucesso.

Bilhetes no site Ticketmaster

Soto – Origami World Tour

Foto divulgação

Jeff Scott Soto com sua banda SOTO, retorna à Itália para uma data única em 20 de setembro, no Legend Club, em Milão. A formação estará no palco durante todo o mês de setembro com a Origami World Tour, que incluirá paradas no Reino Unido e em toda a Europa e trará o novo terceiro álbum da banda “Origami”, lançado em 24 de maio.

Bilhetes no site Ticketone

Michael Buble – Love Tour 2019

Foto divulgação

Michael Bublé, que já completou cinco turnês mundiais e ganhou quatro prêmios Grammy, além de vender mais de 60 milhões de discos durante sua carreira, volta a Itália após uma longa ausência em duas datas: 23 e 24 de setembro, ambas em Milão.

Bilhetes no site Ticketone

Mike Patton, famoso líder do Faith no More tem vários outros projetos (não menos importantes) como as bandas Mr. Bungle, Dead Cross, Fantômas, Tomahawk e após 9 anos Mondo Cane: uma revisitação de clássicas obras-primas da música italiana, voltou aos palcos italianos com duas datas: 31 agosto na Piazza Duomo em Prato e em 02 de setembro no Teatro degli Arcimboldi em Milão. 

Falemos de Milão e de sua orquestra, que aqui teve uma esporádica participação do grande Roy Paci, que sempre participa do projeto Mondo Cane e aproveita ao máximo Patton, visto por todos como um verdadeiro guru da loucura corporificada e potência vocal. Na orquestra, lembramos também a presença do multi-instrumentista Enrico Gabrielli, Vincenzo Vasi e seu teremim, os violões de Alessandro ‘Asso’ Stefana, os teclados de Enri Zavalloni e Alex Alessandroni, o contrabaixo de Dario Rosciglione, Scott Amendola na bateria, William Winant na percussão, os coros de Valeria Vasta, Claudia Puglisi, Roberta Lizzio e doze membros da seção de cordas da cidade de Prato. Nada mal então. E o olhar é imediatamente cénico e também temporalmente satisfatório.

O show começa com uma de suas mais lindas interpretações: “Il Cielo In Una Stanza”, de Gino Paoli, um clássico que na voz de Patton ganha modernidade. Todas as músicas são cantadas com empolgação e perfeição, juntas a um público animado. Após sua revisitação de “Che Notte!” de Fred Buscaglione e “20 km al giorno”, o vocalista do Faith No More mostra toda a sua versatilidade. Todo mundo se diverte. Patton ri como um louco e faz, como sempre, piadas improvisadas em italiano que certamente não são perfeitas, afinal ele não é italiano e nem mora aqui, mas que sempre caem muito bem ao público. O show funciona exatamente assim: tudo no ponto certo. De um caso amoroso com uma bolonhesa, a bagagem italiana foi absorvida e, posteriormente, concebida para a idéia do primeiro disco de Mondo Cane (lançado apenas em 2010), o cantor aprendeu muito e chega até a cantar em dialeto napolitano em “Scalinatella”. No fim do show, em uma homenagem a seu projeto Mr. Bungle, canta “Retrovertigo” em inglês. 

Há uma grande paixão no palco, muita diversão e juntamente com ótimas músicas, um lindo palco, Mondo Cane faz um excelente espetáculo. Esperamos ver tudo isso de novo muito em breve!

Confira o setlist: 

Il Cielo In Una Stanza (Gino Paoli cover) 
Che Notte! (Fred Buscaglione cover) 
Ore D’Amore (Fred Bongusto cover) 
20 Km. Al Giorno (Nicola Arigliano cover) 
Quello Che Conta (Luigi Tenco cover) 
L’Urlo Negro (The Blackmen cover) 
Doce Doce (Fred Bongusto cover) 
Deep Down (Christy cover) 
Pinne, Fucile Ed Occhiali (Edoardo Vianello cover) 
Scalinatella (Roberto Murolo cover) 
L’Uomo Che Non Sapeva Amare (Nico Fidenco cover) 
Canzone (Don Backy cover) 
Storia D’Amore (Adriano Celentano cover) 
Lontano, Lontano (Luigi Tenco cover) 
Yeeeeeeh! (The Primitives cover) 
Senza Fine (Gino Paoli cover) 
Brano Senza Nome (Chece Alara) 
Balada De La Trompeta (Raphael cover) 
Dio, Come Ti Amo (Domenico Modugno cover) 
Sole Malato (Domenico Modugno cover) 
Retrovertigo (Mr. Bungle cover)

Resenha feita por Carolina Martins
Foto por Rodrigo Martins

Para aqueles que querem aprender italiano: ouvir música ajuda muito! Aproveite para conhecer Mike Patton – Mondo Cane (caso ainda não conheça).

Deixe seu comentário no final da página, marque aquele seu amigo que também curte o Mike Patton, e acompanhe o Descubra Milão no Facebook e Instagram. Fique de olho nos próximos eventos

Ciao! No Descubra Milão sempre falamos de igrejas, afinal falar da Itália e não falar de igrejas é uma tarefa impossível. Algumas delas são muito famosas, como o Duomo, porém algumas passam um pouco despercebidas aos olhos dos turistas. Esse é o caso da Igreja de Santa Maria presso San Satiro que fica no centro histórico de Milão, mais precisamente na Via Torino (famosa rua de compras da cidade, falamos sobre ela aqui), e é uma verdadeira jóia cheia de lendas. Explicamos porque:

Conta a lenda que em uma noite de 1242 em Milão, um jovem, Massazio da Vigonzone, perdeu tudo na Osteria del Cappello, bem debaixo do campanário construído no século X que protegia a Capela de São Sátiro, entre a Contrada del Falcone, agora Via Falcone, e a Contrada della Lupa, hoje a Via Torino que falamos a pouco.

Parece que ele jogou dados, um jogo muito popular na Milão medieval. Massazio começa a ficar desesperado: ele não tem mais nada além do que veste, perdeu tudo no jogo. Ao longo do caminho ele não encontra ninguém para desabafar toda a sua raiva. E em um momento de loucura ele se lança com um punhal contra a pintura de Madonna con il Bambino (Madonna e a Criança). Uma, duas, três facadas no pescoço e no peito da criança… e a imagem começa a sangrar! Correntes de sangue vermelho e denso aterrorizam até mesmo Massazio, que se ajoelha diante da imagem. Massazio reconhece que algo extraordinário está acontecendo na frente dele. Um milagre!

Fachada da São Sátiro

A basílica, dois séculos depois daquele evento milagroso, foi completamente repensada pelo arquiteto renascentista Donato Bramante. Este que por sua vez, produziu um outro tipo de milagre.

Uma ilusão de ótica ligada ao famoso coro da perspectiva falsa, logo acima do altar onde está localizada a Madonna con il Bambino. Bramante enfrentou o reduzido espaço da igreja para criar a falsa abside que mede 97 centímetros em vez de 9 metros e 70 planejados no que foi o projeto original. O que começou como um impedimento para a diocese que não tinha permissão para construir uma igreja maior evoluiu para um resultado inesperado, uma verdadeira obra-prima artística. O arquiteto, desafiando as limitações, de fato criou a ilusão perfeita e a falsa perspectiva de fuga de São Sátiro e é considerada a precursora de todos os exemplos de ilusões de ótica que vieram depois: em sua perfeição o trabalho também destaca a influência da pesquisa de Piero della Francesca e Donatello no campo da representação ilusionista.

Repare que de frente ela parece uma igreja normal…
mas de lado é uma linda ilusão de ótica…incrível!

De São Sátiro, irmão de Santo Ambrósio e Santa Marcelina, a igreja tem apenas um retrato. Há pouca informação histórica sobre o irmão de Ambrósio (leia sobre ele e sua igreja aqui), consagrado alguns anos após sua morte em 378. Seu nome completo era Urânio Sátiro. A data de nascimento não é certa: talvez em 332 ou em 334 d.C. em Roma ou mais provavelmente na cidade de Trier, na Alemanha.

É certo que em 374 ele estava em Milão ao lado de seu irmão. Sua tarefa era ajudar em todas as atividades do Santo Ambrósio, especialmente em ajudar e abrigar os pobres. São Sátiro é lembrado no dia 17 de setembro e é o patrono dos sacristãos da arquidiocese de Milão. Seus restos mortais repousam na Basílica de Santo Ambrósio, onde também repousa seu irmão. Santa Maria presso San Satiro é a única igreja do mundo dedicada a ele.

Pintura de Madonna con il Bambino que fica atrás da Igreja

Ela não é uma igreja famosa, muito menos entra nos roteiros clássicos de turismo em Milão, mas deveria, é uma aula de história da arte e religiosa que vale a pena ser vista. É uma igreja bem escondida que entramos sem querer assim que nos mudamos para Milão e foi uma grande ótima surpresa que nos fez pesquisar sobre e descobrir muita coisa interessante. Se possível, visite também! Bacione.

Ciao! Todos que visitam Milão, quase certamente, passam por esta maravilhosa ponte que se encontra no Parque Sempione, de maneira distraída. Porém, quase ninguém percebe, ou sabe, que a Ponte das Sereias é um canto particularmente fascinante da cidade. Não é de se surpreender que esta adorável ponte de ferro, além de estar localizada dentro do lindo parque também seja uma autêntica memória da história de Milão, cheia de incríveis lendas e fascinantes mitos. Preparados para conhecer?

Sua história começa em 23 de junho de 1842, quando, na presença das mais altas autoridades foi inaugurada a Ponte das Sereias, uma elegante estrutura de ferro forjado projetada pelo arquiteto Francesco Tettamanzi e encomendada por particulares. Seu nascimento, decretou, entre outras coisas, a primeira realização na Itália de uma ponte de ferro. 

A Ponte das Sereias fascina primeiramente por sua beleza particular, com suas 4 sereias em cada canto da ponte segurando cada uma um remo. Para algumas pessoas, a ponte é um lugar particularmente mágico. Já deram o apelido de “irmãs da ponte das nádegas” em homenagem à “parte de trás” das quatro sereias, que, digamos são… generosas.

Com o tempo, a ponte passou por algumas mudanças. Originalmente ela ficava no Navigli e em 1930, foi transferida para o Parque Sempione, exatamente onde está hoje. Em 1943, após um dos numerosos bombardeios em Milão, uma das estátuas foi seriamente danificada, enquanto em 1948 outra foi roubada. Somente em 1954 as quatro sereias novamente se encontraram em perfeita harmonia na ponte. Em 2003 também um novo parapeito foi adicionado para incorporar o que havia sido o projeto original da ponte.

Uma das lendas mais famosas que pairam sobre a ponte das sereias, diz respeito à seus seios, que segundo alguns dariam muita sorte para os rapazes em seu primeiro encontro, bastava tocar o seio de uma das sereias antes do encontro para isso. Outra lenda ainda conta que um casal que se beija nessa ponte evita traições do parceiro. Bom, a Ponte das Sereias tornou-se realmente um lugar mágico para todos os amantes que, ainda hoje, têm o hábito de se beijar à sombra do olhar protetor das quatro sereias (agora por romantismo mesmo e não por superstição). Não é por acaso que é considerado um dos lugares mais românticos de Milão.

Para visitar (gratuitamente) a ponte, basta seguir o horário de abertura do Parque Sempione, que é o seguinte:

Janeiro e fevereiro: das 6:30 às 20:00
Março e abril: das 6:30 às 21:00
Maio: das 6:30 às 22:00
Junho, julho, agosto e setembro: das 6:30 às 23:30
Outubro: das 6:30 às 21:00
Novembro e dezembro: das 6:30 às 20:00

Para chegar o metrô mais próximo é o da linha verde, estação Lanza.

SUPER DICA! Aproveite o super romantismo da Ponte das Sereias de Milão e faça nossa sessão fotográfica! Fale conosco e agende já sua data.

Ciao! Você já deve ter ouvido falar do super premiado conjunto de arranha-céus que dão origem ao chamado Bosco Verticale em Milão. Ele que é um dos lugares da capital lombarda a ser definido como o símbolo da sustentabilidade de edifícios residenciais sustentáveis que ajudam a regenerar o meio ambiente. Quer saber mais sobre ele? Vamos lá!

Os dois prédios que o compõem têm, respectivamente, 110 e 76 metros de altura. Estes arranha-céus têm aquele toque extra caracterizado pela presença de (muitas) árvores, são cerca de 800 que pertencem a diferentes espécies entre plantas florais, arbustos, árvores altas e arbustos distribuídos nas fachadas. É realmente um bosque vertical.

O complexo Bosco Verticale deve seu design e construção ao Estúdio Boeri composto por Stefano Boeri, Gianandrea Barreca e Giovanni La Varra. Trata-se de um projeto muito ambicioso voltado para o reflorestamento metropolitano que, através da densificação vertical do verde, visa aumentar a biodiversidade vegetal e animal da cidade de Milão, reduzindo sua expansão urbana e contribuindo também para a mitigação do microclima. Neste sentido, de fato, é um projeto muito útil para a cidade, pois é um enorme pulmão verde composto pelo Bosco Verticale que, juntamente com os Jardins de Porta Nuova, absorve CO2 e poeira fina, recriando oxigênio e umidade.

As diferentes plantas colocadas nos dois arranha-céus foram todas estudadas e analisadas por botânicos experientes, para que pudessem se adaptar perfeitamente de acordo com sua altura e assim poderem prosperar nesse microclima, mantendo os apartamentos sempre frescos no verão e um consumo baixo de aquecimento no inverno.

Os apartamentos do Bosco Verticale, por outro lado, abrigam alojamentos de diferentes tamanhos: de 65 metros quadrados a 450 metros quadrados, e neste último caso o apartamento também tem um terraço. Os 110 apartamentos são habitados em vários casos por personalidades famosas do esporte e espetáculo, tem até um Airbnb nele!

Como você deve imaginar, o Bosco Verticale é um dos edifícios mais peculiares da cidade de Milão, símbolo de uma cidade em contínua evolução. Muito particular também do ponto de vista cromático, uma vez que a presença de uma vegetação tão densa só cria contrastes de cor aos quais é impossível ficar indiferente.

O Bosco Verticale recebeu obviamente vários prêmios, inclusive no exterior, em inúmeras competições, entre elas, o Prêmio Internacional Highrise em 2014, enquanto em 2015, o Bosco Verticale foi premiado com um outro prêmio muito importante: o reconhecimento arquitetônico como “o arranha-céu mais bonito e inovador do mundo”, de acordo com uma classificação compilada pelo “Council on Tall Buildings and Urban Habitat”.

Este edifício é um desses arranha-céus que nos últimos anos mudou a cara de Milão, transformando-a na cidade mais moderna da Itália. Lindo né?

Super dica! Aproveite e leve para casa as mais lindas recordações de sua visita a Milão (inclusive o Bosco Verticale) com a nossa Sessão Fotográfica. Clique aqui para saber mais ou nos mande uma mensagem.