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Milão

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Ciao! Existem alguns meios de vir a Milão e sendo ele avião, são 3 os aeroportos que servem a cidade. E aqui explicamos como chegar de cada um deles ao centro de Milão:

MALPENSA

Voos direto do Brasil ou intercontinentais são feitos pelo Aeroporto de Malpensa.

Ele fica na província de Varese, mas é considerado o mais importante aeroporto de Milão. É o segundo maior em tráfego de passageiros, perdendo apenas para o Roma-Fiumicino. Veja o site do aeroporto.

Como ir de Malpensa para Milão.

Táxi: o preço vai depender da sua destinação final, mas sempre gira em torno dos 100 euros, ou mais.

Airport Bus: vai do Aeroporto de Malpensa até a Estação Central de Milão. Esses ônibus ficam na frente do aeroporto junto aos táxis, super fácil achar, praticamente quando você sai do aeroporto dá de cara com eles. Nem precisa falar italiano, basta saber se você vai para Estação Central. Um rapaz na frente do ônibus pergunta: Centrale? Você acena que sim, coloca sua mala no bagageiro do ônibus e paga 10 euros se for apenas uma viagem, ou 16 euros se for ida e volta (que você usa no dia que for seu vôo de volta sem problemas). O percurso dura cerca de 50 minutos e o ônibus é bem confortável. Na volta para Malpensa a mesma coisa, os ônibus ficam na lateral da estação Central. O rapaz na frente do ônibus te pergunta: Malpensa? (está escrito em placas e no ônibus também, sempre), você acena que sim, guarda sua mala, compra ou apresenta seu bilhete de volta comprado antes e entra no ônibus, 50 minutos depois mais ou menos você está em Malpensa. Super fácil.

Malpensa Express: sai a cada meia-hora e liga Malpensa a Estação Cadorna ou a Estação Central. Você compra o bilhete nas maquininhas, olha nos painéis o horário e plataforma do seu trem, passa o bilhete na catraca, entra e vai até seu trem. Dura de 40 a 45 minutos. Custa 13 euros o trecho. Super fácil também. Site.

ORIO AL SERIO – Bérgamo

Esse aeroporto faz os voos low-cost ou de menores percursos entre as cidades européias. É um aeroporto menor, mas excelente, quase sempre voamos por ele, ele fica bem mais perto de Milão. Veja o site do aeroporto.

Como ir de Orio al Serio para Milão 

Táxi: o preço vai depender de sua destinação final, mas gira em torno dos 80 euros, ou mais.

Airport Bus: do mesmo jeito que funciona o de Malpensa funciona o de Bérgamo, a diferença é o tempo e a tarifa. Demora menos de uma hora e o valor do trecho é de 6 euros. Eles vão para Estação Central, e não ficam juntos aos ônibus para Malpensa (esses ficam na frente da Estação Central do lado esquerdo) enquanto os para Bérgamo ficam na lateral direita da Estação Central.

LINATE

Esse aeroporto fica dentro de Milão, é menor e faz voos de curtas distâncias de cidades européias. Veja o site do aeroporto.

Como ir de Linate para o Centro de Milão 

Táxi: o valor sempre depende de sua destinação final, mas gira em torno dos 50 euros.

Ônibus: por ser dentro da cidade, você pode ir para o centro de ônibus (ATM, que é a companhia de transportes), o valor do bilhete é de 2,00 euros e você compra em Linate nas maquininhas perto do ônibus. Se estiver na cidade e quiser ir para Linate pode comprar o bilhete em bancas de jornais por exemplo. Não esqueça de validar seu bilhete assim que entrar no ônibus, é só enfiar o bilhete no leitor que fica dentro do ônibus que não tem cobrador. O aparelhinho faz um barulho e está validado. Se você não validar e um fiscal aparecer (sempre aparece um), você recebe uma multa salgadinha. E ele não se importa se você for turista, recebe a multa mesmo assim. Então valide seu bilhete sempre!

Air-bus-linate-centrale: da ATM também, sai da Estação Central para Linate e vice-versa por 5 euros o trecho ou 9 euros ida e volta. Demora cerca de 25 minutos. Pode ser comprado dentro do ônibus na hora. Site.

*Atualizado em novembro de 2019.

Ciao! Quem não ama um gelato? Cremoso, saboroso e tradicionalmente italiano, melhor impossível. E vindo a Milão, onde provar um bom gelato? Bom, é impossível experimentar todos eles, há tantos lugares ótimos na cidade, mas aqui estão 10 gelaterias para provar, onde você pode desfrutar de um ótimo cone (casquinha) ou coppeta (copinho)!

SARTORI

A primeira da lista e nossa preferida, assim como a preferida de muitos milaneses, esta gelateria é uma entidade em Milão e existe desde 1937, o ano de sua abertura. Se chama Sartori e fica em uma das esquinas da estação Central. Os sabores são inspirados na tradição siciliana (e, de fato, aqui é preparada uma excelente granita siciliana, prove também!). Sabores excelentes como avelã com os pedaços de frutas secas, a amêndoa e cassata, além de um maravilhoso brioche recheado com gelato que é um presente ao paladar. Aproveite sua passagem a Centrale e já comece a provar o gelato italiano, nós nunca perdemos essa oportunidade. 

Antica Gelateria Sartori. Piazza Luigi di Savoia | Esquina com a Via Pergolesi – Milão

PAGANELLI

Com sabores inovadores e mais particulares que atingem mais os clientes, com uma menção honrosa para o pistache salgado e o chocolate amargo com pimenta. Na Paganelli você pode desfrutar até de um gelato quente, perfeito para o inverno. A Paganelli fica perto da Piazza della Repubblica e com certeza é uma das 10 gelaterias para provar em Milão.

Gelateria Paganelli. Via Adda 3 | Esquina com a Via Fara – Milão

ARTICO

Há trinta anos, no coração de Isola, um dos bairros mais bacanas de Milão, a Artico encanta o paladar dos milaneses com seus gelatos de chocolate (de todos os tipos: de chocolate branco a amêndoas e pistaches), mas também de sete pimentas, mussarela (sim, é delicioso). Tem para todos os gostos, do clássico ao exótico. Experimente!

Artico Gelateria. Via Porro Lambertenghi, 15 (Isola) e Via Dogana, 1 (Duomo) – Milão

PAVÈ

Pavè Gelati e Granite, perto do Tribunal da Corso di Porta Vittoria. A peculiaridade desta sorveteria? Tem sabores incomuns como o abacate ou framboesas amarelas ou a alfarroba. Claro que existem os sabores mais clássicos como chocolate, morango etc. Impossível não amar essa gelateria que sempre está na lista das melhores de Milão.

Pavé – Gelati & Granite. Via Cesare Battisti, 21- Milão

DON PEPPINU (ex Tasta)

Don Peppinu é um lugar minúsculo na Corso Garibaldi que serve excelentes gelatos (e cannoli! E granitas!). Os proprietários são sicilianos e os sabores refletem sua origem. Os cannolis, recheados na hora, são divinos e também podem ser feitos em casa graças ao conveniente pacote take-away. Os gelatos sicilianos são sublimes e feitos com ingredientes sazonais e de qualidade. Delicioso.

Don Peppinu. Corso Garibaldi, 111- Milão

IL MASSIMO DEL GELATO

Visitando a Corso Sempione, você não pode deixar de fazer uma parada no Il Massimo del Gelato, histórica sorveteria de Milão famosa acima de tudo por seus chocolates, presente em cerca de dez variações, de 100% cacau até pimenta e canela. Nossa sugestão é provar quantos gelatos conseguir. Vale a pena.

Il Massimo del Gelato. Via Lodovico Castelvetro, 18 – Milão

LATTENEVE

Gelato sabor Grigio Milano, repare que ele é cinza

Se você estiver no Navigli e estiver procurando desesperadamente por um bom gelato caseiro (como nós sempre estamos), dê um pulo na Latteneve da via Vigevano. Nós costumamos ir ali depois de uma caminhada no Navigli. Além dos sabores clássicos – pistache, chocolate, creme – há também os mais imaginativos, como coco e iogurte com mel. Todos os ingredientes são orgânicos e de produtores locais, sempre que possível. Um sabor interessante é o Grigio Milano (cinza Milão), feito de amendoim salgado e gergelim preto. Sensacional.

Gelateria Tradizionale LatteNeve. Via Vigevano, 27 – Milão

GELATO GIUSTO

Na região da Corso Buenos Aires, temos a Gelato Giusto, que graças aos seus sabores como framboesa e chá de matcha já é o suficiente para desviarmos e passarmos “casualmente” na sua frente pelo menos uma vez por semana! Aproveite sua compras na Corso Bueno Aires e prove esse gelato você também!

Gelato Giusto. Via S. Gregorio, 17 – Milão

BOTTEGA DEL GELATO

Entre as estações Loreto e Caiazzo há a Bottega del Gelato, onde nós recomendamos que você vá especialmente se gostar de frutas, das mais “típicas” às tropicais. Experimente o figo da Índia, amora e maracujá, principalmente. Com preços um pouco altos, a Bottega ainda vale a pena.

La Bottega del Gelato da Cardelli. Via Giovanni Battista Pergolesi, 3 – Milão

GIOVA

A sorveteria é minúscula: meio metro de espaço para escolher e pedir e pagar, sabores como pêra ou mascarpone, ou o sempre excelente chocolate. É preciso força pra enfrentar a fila e o lugar apertado: mas vale a pena.

Gelateria Giova. Corso Indipendenza, 20 – Milão

Com essas 10 gelaterias para provar em Milão você não terá desculpas para tomar gelato em toda parte da cidade. Que delícia! 

Ciao! Quem disse que em Milão não é possível descobrir lugares mágicos e fascinantes? Milão é uma cidade de mil recursos, cujas atrações não param apenas nos monumentos mais famosos, como o Duomo ou o Castelo Sforzesco. E depois de falarmos das fascinantes Casas Arco-íris, uma rua que parece estar em um conto de fadas, é a vez de contarmos um pouco sobre a magia dos flamingos rosas de Milão. Vem com a gente, vamos te mostrar uma das nossas áreas preferidas da cidade!

Eles ficam no meio da cidade dentro do jardim de um prédio residencial chamado Villa Invernizzi onde é possível vê-los e admirá-los cautelosamente em silêncio para não assustá-los. A Villa Invernizzi está localizada no chamado “Quadrilatero del Silenzio” (quarteirão do silêncio) na zona de Porta Venezia e é uma das áreas mais bonitas de Milão, que leva esse nome por causa da paz que reina nesta área, a qualquer hora, independentemente de ser noite ou dia.

Se você estiver com pressa, pode não notar os flamingos, porque eles estão bem escondidos pelas árvores do jardim da villa. No entanto, sempre há algumas pessoas curiosas que espiam e inevitavelmente criam um efeito de cadeia entre os transeuntes. Impossível não notar.

Quem queria uma colônia de flamingos cor-de-rosa no seu jardim era o Cavalier Invernizzi, um rico famoso produtor de queijo que aparentemente passava horas inteiras na janela de casa para admirá-los (quem não faria o mesmo?). Villa Invernizzi é povoada por espécimes de vida muito longa, que podem viver até 70 anos: os primeiros chegaram à Itália, da África e do Chile, em 1980, pouco antes da Itália ingressar na Convenção de Washington sobre comércio internacional. de espécies ameaçadas de extinção. A idéia era criar um lugar onde essas espécies de animais pudessem viver em tranqüilidade. Cavalier morreu sem herdeiros, e atualmente a Villa é ocupada por outros moradores, mas os flamingos continuam ali.

Os flamingos rosas são belos e também têm uma plumagem muito bem arrumada: isto é devido ao tipo de alimentação que eles recebem, consistindo de uma mistura de crustáceos, microrganismos, grãos e vitaminas. Estas são espécies nascidas em cativeiro, que são bem adaptadas para a recriação de seu habitat natural na cidade. Além disso, o comprimento das penas das asas é sempre mantido sob controle, de modo a evitar que possam voar.

No grande jardim há flamingos cor-de-rosa, silenciosos e absolutamente alheios aos curiosos que aguardam seu movimento da rua. A única maneira de poder vê-los é de fato a seguinte: a villa é de propriedade privada e não está aberta ao público, portanto, não há ingresso para pagar ou tempo de visita para respeitar. Basta parar na frente das grades da villa e admirar.

A Villa Invernizzi está localizada na Via dei Cappuccini 9, a poucos passos do Museu Cívico de História Natural e do Planetário Cívico Ulrico Hoepli. A estação de metrô mais próxima é “Palestro”, na linha vermelha M3.


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Ciao! Já ouviu falar da rua mais fofa e colorida de Milão? Ela fica entre a Piazza Cinque Giornate e a Piazza Tricolore, alguns chamam de Bairro Arco-íris, outros de Bairro dos Jardins, é a Via Abramo Lincoln e andar por essa linda rua faz parecer que estamos em um conto de fadas! Pode parecer estranho mas ela é uma das ruas mais características de Milão.

Ela não é muito visitada, não aparece nos guias oficiais (embora fique quase no centro) e é pequenininha: são apenas cem metros de uma rua cheia de cores, charme, atmosfera e … silêncio, sim ela é bem tranquila. Visitar a Via Abramo Lincoln é dar um mergulho nas cores, nas fachadas vermelhas, amarelas, lilases e azuis adornadas com vasos de flores, palmeiras, plantas de romã e videiras.

A história dessa rua começa no final de 1800, quando uma cooperativa de trabalhadores projetou aqui um bairro ideal, composto de pequenas casas a preços acessíveis (que agora não são nada acessíveis), destinadas a trabalhadores da área de Porta Vittoria. Ao longo dos anos, os habitantes começaram a embelezar a área, dando origem a um tipo de desafio para encontrar a cor mais alegre e brilhante para sua fachada. O resultado é um efeito de arco-íris, ainda mais especial pela presença de árvores e flores durante a primavera.

As moradias têm pátios privados, alguns mais cuidados, outros menos, e a impressão geral é de nem estar em Milão, mas Milão é assim, surpreende você das formas mais inesperadas. Vindo nos visitar e a curiosidade bater, pegue uma câmera e vá passear, saia do centro. Se for um bom dia de sol, a caminhada será ainda mais emocionante. Que charme esses pátios das casinhas da rua arco-íris! Bacio.


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Ciao! Quem já veio a Milão sabe que dentro da Galleria Vittorio Emanuele II, no coração da cidade é impossível não perceber um montinho de turistas felizes fotografando sobre uma parte do mosaico do chão. E hoje vamos falar sobre esse famoso mosaico representando um touro, que foi inserido para fins decorativos como um símbolo da cidade de Turim, juntamente com outras figuras ligadas às cidades de Roma, Florença e, claro, Milão.

O costume supersticioso consiste em fazer três giros de 360​​° com o calcanhar direito colocado logo acima do, digamos… genitais do animal. Todos os dias, milhares de pessoas fazem fila para realizar esse ritual como um gesto de sorte, parecido com aquele de jogar uma moeda de costas na Fontana di Trevi de Roma. De acordo com várias antigas lendas, para as mulheres, em particular, o touro tinha poderes relacionados à fertilidade e, no século XIX, era normal vê-las tocando seus genitais com as mãos ou os pés descalços. Para os homens, em vez disso, era um símbolo de força e vigor.

A origem dessa crença parece ser muito antiga, talvez pagã. Segundo outras teorias, esse gesto nasceu como um sinal de afronta em relação à cidade de Turim, considerada rival de Milão no século XIX. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que, segundo ainda uma outra lenda, a rotação só traz boa sorte se feita à meia-noite de 31 de dezembro e no calcanhar do pé direito. Na dúvida não custa fazer sempre que estivermos na frente dele. 

Essa tradição milanesa leva, com o passar do tempo, à deterioração do mosaico e, consequentemente, exige diferentes manutenções no piso e a substituição das peças que o compõem. Coitado do touro…

E você? Já pisou no touro da Galleria? Antes de tudo é uma tradição bem bacana que sempre atrai bastante curiosos. Nós adoramos!


Que tal uma foto profissional como lembrança da sua visita a Galleria, inclusive pisando no touro? Fale conosco! Clique aqui para saber mais.

Ciao a tutti! “Beber é algo emocional”, dizia o grande escritor Bukowski. E aqui temos que concordar que nossas descobertas culturais e emocionais sempre vieram acompanhadas de boas e novas bebidas. E por favor, não estamos falando de alcoolismo, mas sim de saborear uma boa bebida italiana em boa companhia, sempre.

Limoncello

Quando começamos a estudar sobre a Itália já pensando em nos mudar pra cá, descobrimos o Limoncello, famoso licor de limão. Descobrimos também sua receita, e curiosos fomos tentar fazer: primeiro, ficamos uma hora escolhendo limões sicilianos perfeitos com cascas perfeitas, o que não é muito fácil. Depois, pedimos meio litro de vodca emprestada para um de nossos pais que tem uma super dispensa com todas as bebidas imagináveis… e não bebe nenhuma. Imagine a cena: pai, me empresta meio litro de vodca? Bom, junte a isso quase 15 dias com aquele potinho de vodca escondido na dispensa, pegando o sabor das raspas de limão, mexendo uma vez por dia e torcendo para não sair só uma Smirnoff Ice dali. E finalmente, depois de misturar com o xarope de açúcar, esperar mais 15 dias e quando finalmente fica pronto, durar só uma semana na geladeira, porque fizemos pouco para experimentar mas acabou ficando delicioso. Que raiva! Lá se foi mais 1 mês para fazer outro. Nossa sorte que agora morando na Itália o preço do limoncello é ótimo e sempre temos uma garrafinha em casa e bebemos como digestivo depois de algumas refeições, como aprendemos a fazer com os italianos. E olha, funciona, viu! Italianos sabem das coisas quando o assunto é comer.

Poli em Bassano del Grappa

E falando em descobertas, pouco tempo depois quando finalmente nos mudamos para Bassano del Grappa (leia a matéria completa sobre Bassano aqui), cidadezinha linda do Vêneto, conhecemos a Grappa: a pinga italiana, obtida com o bagaço das uvas. Bassano é a criadora da grappa (pelo nome deu pra perceber) e são famosas na cidade duas fabricantes: a Poli e a Nardini, que ficam com seus museus um de frente ao outro no Centro Histórico da cidade, sem briga. Demoramos uns dois meses para criar coragem e entrar na Poli, não estávamos muito seguros do nosso nível de italiano, ainda tínhamos medo de pedir pão na padaria. Quando enfim criamos coragem descobrimos que no final do percurso do Museu tem uma lojinha. Amamos lojinhas! Foi amor a primeira vista. Eles deixam experimentar as bebidas e você tem que se controlar afinal ali não é open bar. Dessa primeira visita a Poli conhecemos a Moka, a grappa de café, variante da grappa pura, cremosa e saborosa. A grappa é uma bebida italiana famosa, servida para tirar o “bafinho” depois de tomar café e ajudar na digestão e no caso da Moka já se faz dois em um!

Grappa

Quase três meses depois nos mudamos para Milão. A intenção sempre foi morar em Milão mas ficamos esse tempo em Bassano porque precisávamos de alguns documentos da cidade do Rodrigo, que é ali vizinha, então era mais fácil ficar por ali mesmo um tempo. Quem mora na Itália sabe como ela pode ser burocrática e vai entender essa decisão. E voltando a Milão é fácil também saber qual bebida italiana conhecemos, basta andar pelas ruas e ver todo mundo bebendo o Spritz (ele não é original de Milão e nem sua bebida mais tradicional, mas se bebe muito aqui). O Spritz é uma mistura de Aperol, vinho branco seco, fatias de laranja e gelo. Só que demoramos quase um ano para provar, não nos pergunte porque. Sempre bebíamos vinho e iamos deixando o tal spritz para depois. Chegou uma hora que uma obrigação saber que gosto tinha: todo mundo na cidade bebe isso, deve ser delicioso! Vamos provar! 

Navigli
Aperol Spritz

Um amigo veio de Londres e fomos ao Navigli fazer o famoso aperitivo milanês. Na hora de escolher a bebida nosso amigo pergunta se é gostoso e a resposta é unanime: delicioso! Como assim você não conhece? (caras de pau). Não podíamos admitir nunca ter provado o spritz nesses dois anos! O medo começa quando a bebida chega na mesa: tomara que seja gostoso, tomara que seja gostoso, eu falei que era gostoso, fala que é gostoso. Olhamos um para o outro e claramente o pensamento era o mesmo. Nosso amigo prova e faz uma cara positiva. Nós, depois do sinal positivo bebemos um golinho olhando para a cara do outro, quase rindo… é uma delícia! Ufa!

Turim

Mentirinhas a parte, fomos visitar a cidade de Turim, não muito longe de Milão e descobrimos o Licor de gianduia, uma bebida italiana muito saborosa e cremosa. Um fato histórico que adoramos saber é que Napoleão Bonaparte proibiu o comércio entre os navios franceses e britânicos, onde a região de Piemonte que fica Turim (na época ela era de domínio francês) não recebia o cacau que vinha dos navios britânicos. A solução foi fazer uma mistura com pouco cacau, açúcar e avelãs, nascendo a gianduia. Obrigada Napoleão! E dela vem esse licor, saborosíssimo e cremoso. Em Turim na verdade, coma tudo que for de gianduia: gelato, bombons, bebidas, tudo! Eles são mestres nisso. 

Licor de gianduia
Florença

Viajando pela Itália sempre descobrimos coisas novas, e uma das primeiras coisas que descobrimos em uma viagem a Florença foi o vino sfuso. Passeando por aquela cidade que parece de mentira de tão linda, vimos uma pessoa entrando com uma garrafa vazia em uma lojinha cheia de frutas na porta e saindo com a garrafa cheia de vinho. Fomos lá para xeretar e acabamos descobrindo que eles vendem vinho “a granel”, o tal do vino sfuso. Você simplesmente entra na loja que vende (sempre tem escrito na porta) com sua própria garrafa de plástico ou vidro (de 1 a 5 litros) e pede para encher com o vinho a venda de sua escolha e pega por litro. Se você não tiver a primeira garrafa eles te vendem uma, sem problemas. São barris de vinho jovem do produtor local que não passaram pelo envelhecimento e não foram engarrafados ainda. É o famoso vinho da casa. Não são os melhores vinhos, claro, mas para o dia a dia é uma ótima opção, além de ajudar o produtor local. E falando em vinho, uma das coisas mais especiais na Itália é a paixão que os italianos tem pelo vinho, paixão que é contagiante! Aqui aprendemos a apreciar melhor cada vinho, já que encontramos tranquilamente alguns certificados de ótima qualidade por menos de dois euros, e aprendemos também a harmonizar melhor com cada refeição. Um dos melhores vinhos que encontramos foi conversando com um senhorzinho no mercado, quando ele nos pegou olhando em dúvida para a prateleira e puxou papo: “Olha, pega esse aqui ó (e colocou o vinho no nosso carrinho), ele é barato e ótimo porque combina com muitos pratos. Pega esse que vocês vão gostar. Eu bebo menos hoje em dia porque estou ficando velho (ele tinha uns 80 anos) e preciso diminuir um pouquinho o vinho a noite. Tem uns que são mais caros aqui e melhores, mas (e parou de falar olhando pra prateleira)… na verdade todos aqui são bons”. E riu. Italianos sabem o quão maravilhosos são seus vinhos e não podemos negar que eles tem completa razão. No fim pegamos a tal garrafa e abrimos na mesma noite. Pra variar, o simpático senhorzinho estava certo. 

Vino sfuso

Muitos pratos aqui tem bebidas nos ingredientes: doces, carnes, e isso os deixa com um sabor incrível! Nada se compara a um risoto com um toque de vinho branco ou um creme de confeiteiro com algumas gotas de limoncello. Usadas com bom senso, as bebidas extraem o melhor de cada prato. 

Um brinde as novas descobertas em cada cidade! Qual será a próxima bebida italiana que vamos descobrir? Até a próxima. Bacione! 

Ciao! Sim, você leu muito bem, existem palmeiras na Piazza Duomo. Um panorama com uma cara decididamente exótica (que também lembra um pouco Miami ou o nosso Brasil), que já causou algumas controvérsias entre os moradores e turistas. 

Esse layout verde na praça foi instalado em 2017 e tem previsão de durar três anos. Tudo decorre da chamada de patrocínio público que o Município de Milão havia lançado para os canteiros da Piazza Duomo, que foi vencido pela Starbucks, o famoso vendedor global de café americano, a fim de abrir sua primeira loja na cidade (atualmente já existem algumas unidades) no Palazzo delle Poste na Piazza Cordusio. Em troca a multinacional deveria cuidar de alguma praça da cidade, no caso a Piazza Duomo.

E que tipo de palmeiras são essas? O Município de Milão explica que as palmeiras plantadas são as Trachycarpus fortunei e provêm de viveiros italianos. Estas palmeiras são usadas para ornamentação mesmo em países como a Escócia e o Canadá e são capazes de resistir a temperaturas muito baixas, até -15 °C. 

Quando foram plantadas em 2017 se ouviu muito falar de perda de identidade, de arrogância de multinacionais e marcas estrangeiras às custas dos bares e cafés tradicionais italianos. As palmeiras da Piazza Duomo não passaram despercebidas e ninguém nunca ficou indiferente. Mas uma coisa boa aconteceu: elas nos fizeram desviar o olhar de nossos empregos habituais para espiar os jardins, olhar para as avenidas, contar as plantas e descobrir quais espécies elas são. Elas nos fizeram perceber que há árvores em Milão, elas nos fizeram admirar a vegetação. E isso é ótimo!

O que você acha das palmeiras da Piazza Duomo? Deixe seu comentário! Bacio.


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Ciao! Poucas cidades no mundo são elegantes como Milão, afinal ser considerada a Cidade da Moda não é para qualquer um. E nada mais justo que ter um museu dedicado ao mega estilista italiano Giorgio Armani. Giorgio, que há quarenta anos definiu uma nova identidade na moda, desafiou todo o correr do tempo com suas cores e fluidez de tecidos, desconstruiu e construiu tendências. Esse museu é um espaço que oferece a sua visão de mundo entre o masculino e feminino, e revela todos os segredos da sedução moderna, mudando não apenas o nosso modo de vestir, mas também o nosso modo de pensar. Com muito orgulho fomos visitá-lo e te contamos tudo!

Entrada do museu

Impossível não reconhecer o Museu Armani Silos olhando da rua. Ele se destaca por sua arquitetura branca, cujas formas repetitivas da fachada emergem das árvores e do verde que segue o perfil do prédio. O projeto arquitetônico Armani Silos foi seguido pessoalmente por Giorgio Armani, que buscou um rigor forte, um estilo racional e uma arquitetura sóbria e monumental. Ao criar o novo espaço, Armani decidiu preservar a forma original deste lugar, fortemente ligada à sua função inicial: um armazém de grãos para uma grande indústria multinacional (Nestlé). O edifício foi construído em 1950 e, após a última reforma, tem uma área de 4.500 metros quadrados distribuídos em quatro andares. Diferente do aspecto original, uma faixa de janelas foi inserida na parte superior da fachada, como para lembrar uma coroa que circunda esse edifício. 

Os espaços interiores são muito amplos e regulares: grandes salas quadradas permitem que as exposições sejam montadas facilmente, modulando os espaços. O estilo interior é minimalista e as paredes e tubos de concreto pintados de preto contrastam com as paredes e pisos de concreto cinza. Giorgio escolheu esse espaço pela sua simplicidade, funcionalidade e sem nenhuma decoração supérflua. O lugar é lindo e elegante já na entrada.

“Eu escolhi chamá-lo de Silos porque ali eram conservados os grãos, material para viver. E assim como a comida, o vestir serve para viver.” Giorgio Armani

A dança entre os estilos, acessórios, tecidos faz todo o sentido e meia hora ali dentro faz parecer 30 segundos. Dividido por temas como androginia, étnico, luzes, exotismo e outros, não segue uma ordem cronológica. São 600 peças, 400 roupas e 200 acessórios e é um presente do estilista a cidade de Milão.

Todo o piso térreo do Armani Silos é dedicado a exposições temporárias de arte contemporânea, que se sucedem ao longo dos meses, criando uma nova escolha no panorama artístico de Milão e seguindo o exemplo de outras “casas” de moda, como a Prada com o sua Fondazione Prada e o Observatório Prada, também em Milão. A próxima mostra temporária será HEIMAT. A SENSE OF BELONGING, do grande fotógrafo Peter Lindbergh, que começa dia 22 de fevereiro e vai até 2 de agosto de 2020. Realmente imperdível.

Piso térreo do Armani Silos

No térreo há também uma loja de presentes, separada da entrada por uma grande parede retroiluminada e em seguida, a bilheteria, com acesso aos banheiros e um pequeno espaço para a cafeteria, com vista para o exterior, equipado com guarda-sóis e várias mesas.

Milão cada vez mais entende seu grande papel na moda e expõe isso ao mundo. Esse museu é parada obrigatória para estudantes e amantes da moda, onde é possível ver toda a genialidade do grande Giorgio Armani. Bacio!

O bilhete custa 12 euros e a entrada é gratuita todo primeiro domingo do mês
Site do museu www.armanisilos.com


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Ciao! Calma, já explicamos o que são as viuvinhas de Milão, mas primeiro imagine o verão com aquele calor de mais de 30 graus e você lá andando na rua quando aparece uma fonte de água potável e geladinha a sua disposição. Sonho? Na Itália isso existe! Gratuitamente. 

E as “viuvinhas” aqui em Milão são essas fontes de água que carinhosamente foram apelidadas de Vedovelle (viuvinhas, pois seu fluxo incessante de água é semelhante ao choro de uma viúva inconsolável). São chamadas também de Drago-Verde (em Milão as fontes são pintadas de verde e as torneiras tem formato de dragão, símbolo da cidade). Em outras cidades os apelidos mudam conforme o desenho da fonte: Torelli (torèt) em Torino, já que o símbolo da cidade é um touro ou Nasoni em Roma, porque parecem narigões. Elas estão presentes em todas as cidades italianas obviamente, cada uma com seu apelido.

Dica: coloque o dedo na boca do dragão e segure o fluxo da água, essa água sobe para um furinho que tem na cabeça dele e vira um bebedouro

Feitas em ferro fundido e água potável essas fontes tem cerca de 1 metro e meio de altura e 50 cm de largura. Em Milão são compostas por uma torre quadrada marcada com o emblema do Município, com um “chapéu de pinha” e na base, eles são equipados com uma bacia semicircular (usada pelos animais, que também precisam se refrescar) e o pilar de onde sai a cabeça de um dragão. Aqui em Milão são mais 400 delas! A sua origem é difícil saber, mas elas estão em todo lugar e continuam a anos sendo feitas da mesma maneira tradicional.

Entre os milaneses, o costume é ou era dizer: “vamos beber no bar do dragão verde”! (é grátis!)

A primeira viuvinha de Milão

A Vedovella (no singular) da Piazza della Scala, além de ser a mais antiga das Vedovelle (no plural), é a única feita de latão dourado e não de ferro fundido. Foi emoldurada por um elegante mosaico grego, e projetada pelo arquiteto Luca Beltrami. Esta linda fonte tem uma boca de dragão inspirada por uma das gárgulas do Duomo, puro charme! 

Ah, e as viuvinhas não têm torneiras e isso não quer dizer que desperdiçam água. Na verdade, seu fluxo contínuo desempenha a importante função de manter a água em movimento, sempre fresca. E é de quantidade insignificante em comparação com a gama distribuída pelo aqueduto milanês.

O fluxo de água que sai das fontes não é jogado fora: ele atinge os purificadores de Milão através do esgoto, para depois ser usado por consórcios agrícolas para irrigar os campos ao sul da cidade. Além disso, este fluxo contínuo preserva a sua frescura e boa qualidade, como já dissemos.

E uma novidade! 

Um coelho

No parque Citylife elas não são apenas dragões mas coelhos, girafas, elefantes, polvos e muitos outros animais. A artista Serena Vestrucci, que escolheu mostrar sua arte apenas para alguns observadores atentos. Seu trabalho levou à modificação e mudança das viúvas históricas colocadas dentro do parque, eliminando o conhecido Drago no bocal e substituindo-o por uma escultura diferente a cada vez.

E onde encontrar as viuvinhas de Milão? 

Dá para consultar o mapa no site da Milano Blu (www.milanoblu.com/la-tua-acqua/esplora-le-vedovelle/). Ou ainda dar uma olhada no site www.fontanelle.org que mostra toda a posição das Vedovelle em Milão, Roma e várias outras cidades.

Ande com sua garrafinha de água e encha sempre na viuvinha mais próxima. Além de nunca ficar com sede e economizar, o consumo de plástico cai drasticamente. Só coisa boa. Até mais, bacio!


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Ciao! Muito se engana quem pensa que a comida italiana é só pizza e macarrão. A culinária milanesa é rica em pratos típicos mundialmente famosos mas que muitas vezes são esquecidos das suas origens: quem não conhece o Panettone não é mesmo? Então, ele foi criado aqui. Sempre com produtos locais e muitas vezes adaptados ao frio do inverno (mas não se engane achando que aqui é sempre frio, no verão a temperatura chega fácil aos 40 graus). Os típicos pratos milaneses são substanciais e deliciosos. Selecionamos aqui 10 pratos típicos de Milão, vamos lá!

Risotto alla Milanese

O mais clássico dos pratos e nosso preferido de Milão. Esqueça o risoto que fazemos no Brasil, o milanês trata-se de um risoto feito com açafrão, manteiga, cebola, arroz, vinho branco, caldo de carne e muito, muito queijo (queijo nunca é demais né). O risotto alla milanese nasce em 1574, quando o vidraceiro belga Valerio di Fiandra, que na época morava em Milão, trabalhava nos vitrais do Duomo, e decide, para o casamento de sua filha, fazer um risoto com manteiga de açafrão. Essa especiaria era muito usada pelos vidraceiros para dar a coloração amarela aos vidros, lembrando o ouro, sinômino de riqueza, bem a cara de Milão. Em praticamente todos os restaurantes e casas na cidade é fácil encontrar um ótimo e cremoso risotto, é um dos maiores pratos típicos de Milão. Aqui em casa, no frio, fazemos toda semana. Você deve experimentar!

Ossobuco

Junto com o risotto, você também pode comer o mítico ossobuco, o saboroso pedaço que vem da panturrilha da vitela, carne super macia. São fatias de 3 a 4 cm ainda com o osso, e isso é fundamental pois no cozimento o miolo desse osso se junta ao molho contribuindo para o sabor final. É servido tradicionalmente em cima do risoto e aquele molho da carne caindo em cima do risotto é de agradecer por Milão existir. 

Mondeghili

Almôndegas típicas milanesas criadas para não desperdiçar as sobras de carnes cozidas e assadas de outras receitas e também é um dos maiores pratos típicos de Milão. Elas são preparados com um mix de carne de vitela e vaca assadas juntamente com mortadela, salsicha, pão, ovos e especiarias e depois fritos na manteiga (esqueça um dia a dieta, vale a pena). Sua origem é espanhola: “albondiga” e os milaneses a chamavam de albondeghito (diminutivo) e disso foi um pulo para se chamar mondeghili. Essas bolinhas de carne são maravilhosas em qualquer época do ano.

Cotoletta alla Milanese

Este prato é muito simples e saboroso especialmente se acompanhado de tomates cereja, rúcula ou batatas fritas. Sua origem é de 1134 quando foi servida ao Abade da Basílica de Santo Ambrósio de Milão, e é um super clássico da tradição milanesa. Feita também com carne de vitela (em Milão usa-se muito essa carne), empanada e frita na manteiga. Originalmente um pouco dessa manteiga era jogada em cima da cotoletta pronta, hoje essa técnica foi substituída por fatias de limão no momento de servir. Costumam vir em tamanhos exagerados, muitas vezes maior que um prato mas dá pra comer tranquilamente pois é deliciosa. 

A dica é: se você não come muito, não peça o primeiro prato (macarrão, risoto), peça apenas o segundo prato que é sempre a carne ou peixe, no caso a Cotoletta. E lembre-se: na Itália não se mistura pratos, primeiro se come o macarrão, depois a carne, separadamente. A única exceção é o risoto com ossobuco, que vêm juntos.

Cassoeula

Este é outro prato para provar absolutamente, especialmente no outono e inverno já que é um prato “pesado” e não é servido no dia a dia e muito menos no calor. Com um sabor forte e decisivo, é preparado com repolho e as partes menos valorizadas do porco. Deriva da Cassoulet francesa, muito consumido no período de guerras e crise econômica por ser barato. Hoje em dia se come porque é gostoso mesmo. 

Rustin negàa

Apesar de ser um dos 10 pratos típicos de Milão, poucos ainda o fazem, foi se perdendo no tempo. Seu nome significa literalmente “assado afogado”, onde pedaços de vitela são dourados na manteiga e sálvia e depois são afogados no vinho e caldo de carne, cozinhando por horas e acompanhados finalmente por polenta, batatas ou risoto. Ele é de um sabor particular e deveria voltar a ser feito no dia a dia, pois merece de tão gostoso que é.

Busecca

Também conhecido como Trippa alla milanese. É um dos pratos mais típicos de Milão, de modo que “busecconi” é uma das gírias para chamar os milaneses. Feito com tripa de vitela, cebola, cenoura, queijo e muitos outros ingredientes, faz parte da tradição popular da cidade, não faltando na vigília de Natal de muitas casas. É um ensopado, muito rico e quente, mas não podemos dizer se é gostoso porque não comemos tripa, ainda! Quem sabe um dia… por enquanto ficamos na cotoletta mesmo. 

Michetta

Perfumada e dourada, a michetta é famosa por ser um pão oco por dentro, e pelo típico molde estelar com um “chapéu” em cima. Perfeito para ser bem recheado. A michetta nasce durante o período de ocupação austríaca. Os oficiais do Império Austro-Húngaro, chefiados pela Lombardia após o Tratado de Utrecht de 1713, trouxeram consigo algumas novidades gastronômicas para Milão, como o então famoso Kaisersemmel, um sanduíche que varia de 50 a 90 gramas e é feito na forma de uma pequena rosa. Os resultados não foram, no entanto, encorajadores: o Kaisersemmel em Milão não permaneceu, como em Viena, fresco e perfumado até a noite: tornando-se “emborrachado”. A umidade do clima lombardo penetrou excessivamente no pão, ao contrário do que aconteceu no clima vienense mais seco.Os mestres padeiros milaneses tiveram sucesso em suas intenções e criaram um outro pão único, mas se recusaram a chamar aquele pão de Keisersemmel (kaiser significa, em alemão, imperador) e decidiram usar o diminutivo “micca”, agora “Michetta”. Podemos dizer que encher uma michetta com mortadela não tem preço, porque sim, os milaneses comem pão com mortadela e isso com certeza entra nos 10 pratos típicos de Milão.

Panettone

E finalmente chegamos nos doces! O panettone, que é conhecido em nossas festas de Natal no Brasil, foi criado em Milão, é consumido o ano todo, e ainda mais no Natal, tamanha tradição. Aqui ele é um pouco mais fofinho e o sabor é um pouco diferente do brasileiro e existem versões salgadas que são recheadas com queijo, salame, presunto, e ficam uma delícia também! A versão doce tradicional tem uma infinidade de sabores, a nossa predileta é a de creme de limoncello (um licor de limão). As confeitarias tradicionais normalmente têm o panettone o ano todo e no período de Natal todos os mercados ficam lotados deles. Nem precisamos dizer que você deve provar e ver a diferença que é para o panettone feito no Brasil.

Barbajada

Doce/bebida típica de Milão, ótima em qualquer momento do dia é uma mistura de chocolate, café e leite (não confundir com cappuccino) e sua receita tem mais de 200 anos. Hoje em dia não tão famosa, é preciso ir a algum local mais tradicional para beber. Ou, assim como nós, fazer em casa. É sensacional em qualquer época do ano já que existe na versão quente ou fria.

Milão é a cidade italiana onde é mais fácil experimentar cozinhas e pratos típicos de todo o mundo e, apesar desta grande abertura à experimentação, a gastronomia milanesa e lombarda persiste e continua a atrair foodies que querem experimentar os autênticos sabores da tradição. E vindo nos visitar, não deixe de provar alguns (ou todos) esses 10 pratos típicos de Milão que temos certeza que vão te fazer voltar só para comer de novo! Milão é um prato cheio para sua visita. Buon appetito! Un bacio.


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